Publicado às 04h59 desta quarta-feira (1)

Por Altanir Afonso Pereira, leitor serra-talhadense

Com o colapso do Cachoeira II, a população serra-talhadense amarga uma crise hídrica ora nunca atravessada. Construída nos anos 1950 a barragem nunca havia chegado à estagnação.

Uma coisa interessante nisso tudo é que passados 59 anos da construção do Cachoeira II ainda não há um plano para enfrentarmos uma situação como esta.

Infelizmente os órgãos responsáveis não visualizaram o crescimento da cidade e a diminuição dos volumes pluviométricos e, embora tenhamos reservas disponíveis, estas, não são utilizadas.

É o caso da barragem do Jazigo construída no início dos anos 1980 a barragem tem capacidade de 15.543.000m³ encontra-se com 81% de sua capacidade máxima, levando em conta a possibilidade de estar 50% assoreada restar-lhe-ia aproximadamente 6.200.000m³ o que equivale a aproximadamente 28% da capacidade total do Cachoeira II.

A 700m da barragem existe uma elevatória da adutora do Pajeú que ajuda a abastecer Serra Talhada, e que originalmente, teria sido projetada para abastecer totalmente, e não parcialmente.

Muitos não sabem, mas a aproximadamente 40km de Serra Talhada do distrito de Caiçarinha da Penha, mais precisamente na comunidade de Santana existe um poço que jorra 24 horas por dia, 365 dias por ano 150m³ de água por hora o que daria para abastecer cerca de 11.000 residências consumindo cada uma o equivalente a 10m³ por mês.

Façamos os seguintes questionamentos:

1. Foi feito um teste da qualidade água do Jazigo?

2. Se a água for própria para o consumo humano, há um projeto técnico para captação desta água? Afinal as estiagens vão persistir por serem características do nosso clima.

3. Com relação ao poço de Santana, também não nenhum estudo sobre a utilização da água do mesmo?