lucas-mineiraoUm estudante de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, morreu, nesta quarta-feira (16), com suspeita de H1N1. Lucas Santos, de 26 anos, era estudante do curso de Gestão de Tecnologia da Informação da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) e apresentou os sintomas após participar de uma Feira de Tecnologia, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

De acordo com o médico José Carlos Moura, responsável pelo paciente, o estudante foi internado às 7h, da quarta-feira (16), em um hospital particular da cidade, com febre alta e fortes dores no corpo.

“O Lucas, um jovem saudável, que não tinha nenhuma queixa anterior, participou de um congresso com mais de duas mil pessoas. Depois fez uma viagem longa de volta e em raríssimos casos, ele pode ter sido acometido por um vírus atípico, que leva a uma infecção extremamente fulminante, que pode levar a uma insuficiência respiratória, como foi o caso dele”, explicou o médico.

Em poucas horas o quadro de saúde se agravou e nenhuma medicação conseguiu controlar a infecção. A morte foi confirmada às 17h. Um exame de sangue realizado apontou a presença de vírus. “Os exames preliminares que ele fez, mostrou que foi um quadro viral, existe realmente uma infecção por vírus, extremamente maligna, que chamamos de fulminante”, falou José Carlos.

Segundo o médico, existe a suspeita de que a morte pode ter sido provocada por complicações causadas pelo H1N1. Amostras de material foram coletadas e serão enviadas para análise para confirmar a causa da morte. Os exames devem ser realizados em Belo Horizonte ou São Paulo. O resultado deve sair em cinco dias.

“Ele se manteve lúcido até o momento em que a respiração dele começou a apresentar deficiência muito grande, precisando de aparelho para respirar. Isso leva a uma morte que chamamos de morte aguda. Pode ser por H1N1? Pode. Mas todo o material dele foi colhido, normalmente para se ter certeza do H1N1, o exame demora para dar o resultado em torno de cinco dias”, destacou José Carlos.

Colegas de turma de Lucas disseram ao G1 que durante a viagem o jovem não apresentou nenhum sintoma e que participou de todas as atividades com os demais alunos. Ele voltou para Petrolina na segunda-feira (14), em um ônibus, com outros 40 colegas de turma e dois professores.

A Vigilância Epidemiológica do município foi acionada. José Carlos Moura disse ainda que não há risco de epidemia. Mas, pessoas próximas ao jovem e que tiveram contato com ele durante a última semana, devem ficar em observação de cinco a 10 dias.

Do G1 Petrolina