Durante depoimento prestado à DH, o sargento David Centeno disse que por volta das 16h30 daquela quinta foi dado início a uma operação para combater a ação de traficantes no conjunto de favelas da Pedreira. Na localidade conhecida como Barrinho, ele e o cabo Fábio Dias desceram do veículo blindado que o levaram até o local. Logo em seguida, segundo o sargento, eles se depararam com bandidos armados.
Ainda no depoimento, o sargento afirmou que, após ter trocado tiros com os bandidos, viu dois homens caídos em frente à escola. Segundo ele, o cabo Dias se aproximou de um dos homens, que teria esboçado uma reação, o que levou o militar a atirar.
O sargento disse ainda que se aproximou do segundo homem caído e que, por se sentir receoso de que poderia haver um ataque contra ele, fez um disparo para se proteger.
No entanto, o delegado da DH, André Leiras, rebateu a versão apresentada pelos PMs. “Conforme se percebeu na análise do vídeo, pode-se atestar que as vítimas estavam no chão, apresentando alguns sinais vitais, mas em momento algum pareciam esboçar reação que ameaçasse os policiais. O excesso restou patente”, explicou.
Leiras prossegue: “Não há que se falar que os policiais militares agiram no estrito cumprimento do dever legal, pois em momento algum o ordenamento jurídico autoriza os agentes do estado a ceifar a vida de criminosos que já estejam neutralizados”.
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