eja 4Após a ocupação da Câmara de Vereadores, na última segunda-feira (22), os alunos matriculados no programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) que funciona no Colégio Cônego Torres, ameaçam realizar um protesto em frente ao prédio da Prefeitura de Serra Talhada, nos próximos dias, caso o secretário de Educação, Edmar Júnior, não recue da decisão de transferir os estudantes para bairros da periferia da Capital do Xaxado. Eles acusam o secretário de intransigência e falta de diálogo.

“O secretário Edmar Júnior tomou uma decisão por 309 alunos matriculados no EJA e pegou todo mundo de surpresa. O aluno tem que estudar onde se sente melhor e o secretário falou em vários bairros de Serra Talhada, mas esqueceu dos alunos da zona rural. A gente só quer o direito de estudar onde se sente bem. O Cônego Torres tem profissionais qualificados e tem estrutura para receber os alunos”, declarou Leonardo Cabral, durante entrevista a rádio Líder do Vale FM, nesta quarta-feira (24).

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Morador do Sítio Cajui, zona rural de Serra Talhada, Leonardo Cabral promete organizar um grande movimento de protesto contra a decisão do governo Duque.

“A gente pretende se organizar e fazer um protesto em frente à Prefeitura de Serra Talhada, caso o secretário não volte na palavra. Vamos protestar e não vamos entregar os pontos fáceis. Vamos fazer protesto até normalizar tudo ou então a gente vai abandonar o programa”, reforçou.

O OUTRO LADO

A reportagem conversou com o secretário de Educação, Edmar Júnior, que viu a manifestação dos estudantes como natural. Entretanto, o secretário garante que não mudará de opinião.

“Acho apenas que o protesto deve ser feito em frente da Secretaria de Educação e não da prefeitura. É muito natural. Entretanto, mais de 200 alunos moram próximos aos bairros e não faz sentido manter o EJA no Cônego Torres”, reforçou Edmar Júnior.