Fotos: Farol de Notícias / Max Rodrigues – com informações de Paulo César Gomes
Publicado às 04h14 desta segunda-feira (20)
Os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Antonio Timóteo, visitaram a Delegacia de Polícia Civil de Serra Talhada, na manhã da última quarta-feira (15). Na ocasião, entrevistaram o delegado regional, Olegário Filho, para colher informações sobre tema do Trabalho de Conclusão do Ensino Fundamental (TCF), que conta com o tema “Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes”.
A equipe de estudantes formada por Aline Rodrigues, Erika Mikaelly, Thais da Silva, Maria Valdenir, Naely Fernanda e Gabriel de Souza, adolescentes entre 14 e 17 anos. Os jovens estão sob a orientação pelos professores Ana Paula e Paulo César Gomes.
“Estamos visitamos alguns órgãos públicos como a Delegacia, o Hospam, o Conselho Tutelar e o Ministério Público, buscando recolher números de ocorrências e informações que possam enriquecer o trabalho do alunos”, disse a professora Ana Paula.
Uma das representantes da turma, a jovem Naely Fernanda, explica que a escolha do tema surgiu por acreditarem quem faltam informações sobre o abuso sexual de crianças e adolescentes que ocorrem em Serra Talhada.
“A gente escolheu tema por termos escutados muitas notícias sobre os abusos, mas falta ainda esclarecer melhor as famílias e jovens sobre os problemas que esse tipo de coisa pode causar na vida das pessoas. E esperamos que no final o nosso trabalho possamos ajudar a vida das pessoas”.
Durante a entrevista o delegado explicou aos jovens quais são as diferença entre assédio sexual e estupro de vulnerável, e também forneceu números comparativos dos casos registrados na cidade nos primeiros sete meses de 2017 e 2018. Olegário Filho também explicou como as pessoas podem fazer denúncias sobre os casos de abusos e como se dá o processo de realização do exame de corpo de delito.
Para o professor Paulo César Gomes, o trabalho está sendo tratado com o devido cuidado, pois, segundo ele, o abuso contra crianças e adolescentes ainda é um crime silencioso.
“Pelos relatos que já ouvimos e pelos números apresentados pela delegacia, já podemos dizer que esse tipo de crime é silencioso, isso por que vários casos nunca chegaram aos ouvidos da autoridades. Várias são as vítimas que sofrem caladas, por que se sentem pressionadas pelos agressores, ou porque as pessoas próximos em muitos caso não dão o devido crédito. Como educador e pai me sinto indignado por perceber que estão de alguma forma ignorando o gritos de socorrer de várias pessoas, principalmente de crianças frágeis e inocente”, declarou.
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