O que era para ser uma unidade de referência, motivo de orgulho para região, passou a ser um problema e um fardo para a maioria dos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco em Serra Talhada (UAST). No último dia 8, cerca de 200 estudantes protestaram contra a falta de infraestrutura no campus Serra Talhada e pela falta de diálogo entre a coordenação da UAST e os discentes.
Muitos estudantes estão insatisfeitos com a precarização de laboratórios. Segundo eles, alguns cursos vêm funcionando na base da “gambiarra”. Como se não bastasse, as obras de construção da biblioteca estão paralisadas desde 2008 uma vez que a empresa que ganhou a licitação, a Erdam Construções, faliu.
E os problemas não param por aí. As obras do restaurante universitário também foram paralisadas desde o ano passado. De acordo com os alunos, também por falência da construtora. Hoje, o campus universitário é um grande cenário de obras inacabadas.
“É lamentável o que está ocorrendo na UAST. Além de todos estes problemas não há qualquer canal de diálogo com a direção que se recusa a conversar conosco”, disse Clóvis Silva, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE). Segundo ele, obras recentes foram paralisadas por erros preliminares nos projetos aumentando o grau de problemas.
Caso de polícia
A superlotação dos ônibus também é outro problema crônico e atormenta o cotidiano de centenas de pessoas que trafegam diariamente para UAST. “Os ônibus viajam superlotados e a qualquer momento pode haver acidentes. Não sabemos nada como ocorreu o processo de escolha da empresa que presta os serviços”, declarou.
Mesmo após os protestos os estudantes não baixaram a guarda e ingressam, na semana que vem, com uma Ação Civil Pública contra a UFRPE. ” Já contactamos um advogado e vamos até o fim. Ou a UAST dialoga conosco, em busca de soluções, ou outros protestos irão acontecer”, disse o presidente do DCE.
O FAROL DE NOTICIAS entrou em contato com a coordenação da UAST e foi informado que o diretor-Geral, professor Carlos Romero, se encontrava em licença paternidade em Recife. O coordenador-interino, Denys Abdala, não foi localizado por nossa reportagem.
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