Da CNN

REUTERS/Caitlin Ochs

Depois de três semanas de depoimentos e 45 testemunhas ouvidas, um grupo de 12 jurados deve decidir, de forma unânime, nesta semana, o destino do ex-policial Derek Chauvin, acusado de matar o afro-americano George Floyd, em maio do ano passado. Agora, o país se prepara para possíveis protestos e até um cenário caótico em várias cidades do país, a depender do veredito.

Chauvin pode pegar até 40 anos de prisão. O presidente Joe Biden tem expressado preocupação com as possíveis consequências do julgamento: enquanto o veredito não é conhecido, a Casa Branca já trabalha em um plano de contingência e aconselha autoridades locais a se preparam para administrar uma nova onda de protestos e tensão, caso a sentença não seja a que os americanos esperam.

“Este país passou por um longo período de dor, trauma e exaustão, não apenas com o julgamento, mas também com violência adicional especialmente contra a comunidade negra nas últimas semanas.” disse a porta-voz da casa branca, Jen Psaki, nessa segunda-feira (19).

Em Washington, autoridades solicitaram o reforço da guarda nacional. “Também colocamos nossa força policial em turnos de 12 horas, o que aumenta nossa capacidade de resposta”, afirmou a prefeita, Muriel Bowser.

Nova York também está em alerta: as folgas dos agentes de segurança foram canceladas nesta semana e os policiais receberam orientação de não usar força excessiva em caso de manifestações.

Em Minneapolis, onde uma revolta eclodiu quando Floyd morreu, uma grande operação de segurança foi montada. O plano inclui 9 agências de segurança, conta 1.100 policiais e 3 mil homens da guarda nacional, além do fechamento de ruas no entorno de delegacias e a possibilidade de toque de recolher.

“Esse julgamento foi traumático para a nossa família. Por isso estamos ansiosos para que isso acabe”, disse Tera Brown, prima de Floyd.

A sentença chegará em um momento delicado para a cidade: o funeral de Daune Wright está marcado para quinta-feira (22). O jovem negro, de 21 anos, foi morto pela polícia em uma abordagem de trânsito e o incidente gerou uma onda de protestos e confrontos. Cem manifestantes foram presos só na última sexta-feira (16).