Do Diário de Pernambuco

Foto: YONHAP / AFP

Oh Keo-don, ex-prefeito de Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, foi detido nesta terça-feira para cumprir uma pena de três anos de prisão por assédio sexual contra duas funcionárias.

Ele renunciou no ano passado à prefeitura da cidade de 3,5 milhões de habitantes após as acusações de que atuou de forma inapropriada com as subordinadas.

Três meses depois, o prefeito de Seul, Park Won-soon, foi encontrado morto, aparentemente por suicídio, depois que uma funcionária o acusou de assédio sexual.

Ambos pertencem ao Partido Democrático, o mesmo do presidente Moon Jae-in, que sofreu uma grande derrota nas eleições parciais de abril, o que deu um novo impulso à oposição conservadora para as eleições presidenciais de 2022.

Oh, 72 anos, afirmou que se houve contato foi acidental, mas antes de entrar no tribunal declarou à imprensa: “Toda a culpa recai sobre mim”.

O juiz do tribunal do distrito de Busan, Ryu Seung-woo, disse que o acusado “abusou de sua posição de superioridade” para cometer assédio sexual no trabalho.

“Pessoas que não deveriam ter sofrido continuam sofrendo”, acrescentou, de acordo com a agência de notícias Yonhap. “Peço que tenham mais empatia com as vítimas”, afirmou.

A sociedade sul-coreana continua socialmente conservadora, apesar da rápido ascensão econômico. As vítimas de assédio sexual são pressionadas em muitos casos a permanecer em silêncio por medo da vergonha pública.