Do G1

O Facebook tirou do ar uma live de Jair Bolsonaro (sem partido) nesta quarta-feira (25) em que ele compartilha uma mentira sobre a relação entre vacina contra a Covid e Aids. O vídeo não está mais disponível nas contas do presidente no Facebook e no Instagram.

A informação foi antecipada pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

“Nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”, disse um porta-voz do Facebook.

 

A live foi ao ar na quinta-feira (21). Nela, Bolsonaro mencionou uma mensagem falsa que diz que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que as pessoas totalmente vacinadas estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS) “muito mais rápido do que o previsto”:

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“Só vou dar notícia, não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito…vamos lá: ‘relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados… quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose né… 15 dias depois, 15 dias após a segunda dose.. totalmente vacinados…estão desenvolvendo Síndrome da Imunodeficiência Adquirida muito mais rápido do que o previsto. Portanto, leiam a matéria, não vou ler aqui porque posso ter problema com a minha live”, afirmou Bolsonaro durante a transmissão.

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Reino Unido confirma que notícia é falsa

 

Procurado pelo g1, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirma que a publicação é de um site que propaga ‘fake news’ e teorias da conspiração e diz que a história não é verdadeira. Zahraa Vindhani, oficial de comunicações da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, também afirma que “as vacinas contra a Covid-19 não causam Aids”. “A Aids é causada pelo HIV.”

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A notícia falsa mencionada por Bolsonaro foi colocada, na verdade, no site conspiracionista beforeitnews.com, que publica textos dizendo que as vacinas rastreiam os vacinados e que milhões de pessoas morreram com as vacinas.

Pesquisadores ouvidos pelo g1 também refutam as ideias contidas na publicação falsa.

Em março, as duas redes sociais já tinham removido um vídeo do presidente em que ele provocava aglomerações durante um passeio em Brasília, em um momento em que o Brasil registrava cerca de 2.500 mortes diárias, pela média móvel.