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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Um recém nascido morreu na sala de cirurgia do Hospital Agamenon Magalhães em Serra Talhada na noite dessa quinta-feira (17). A família do bebê alega negligência do hospital por adiar o parto e também colocar em risco a vida da adolescente L.M.O, de 16 anos, mãe da criança, além de questionar os ferimentos graves na cabeça, olhos e boca do bebê.

O FAROL foi até a casa do pai da criança, R.A.F., também de 16 anos, no bairro Vila Bela, onde os familiares velavam o menino. De acordo com a tia da gestante, Alda Oliveira, de 38 anos, o nascimento estava previsto para o último sábado (12) e a jovem foi ao Hospam três dias nesta semana, mas não conseguiu dar a luz ao filho.

“Ela (L.M.O.) foi na segunda (14) e a enfermeira chefe mandou ela voltar dizendo que ainda não estava em tempo. Quando foi à noite levamos de novo porque ela estava sentindo dores, mandaram voltar. Na quarta (16) fomos novamente e disseram que estava errada a data. Fizeram exame na segunda e disseram que não estava em dia dela ganhar não. Ontem (quinta, 17) ela foi novamente e lá falou com dr. Carlos Evandro e ele disse que ia tirar a criança, mas que já estava morta. Ele ouviu o coração lá no exame e não estava batendo”, relatou Alda Oliveira.

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A família dos adolescentes mostrou indignação ao ver o crânio do bebê afundado e ferimentos na boca e no olho, afirmaram que vão procurar a Justiça. “Só disseram que ele tinha passado do tempo de nascer e que se a mãe não tivesse ido ontem tinha morrido também, ela teve hemorragia. O parto foi cesária e disseram que estava com o cordão umbilical no pescoço, mas não tem nenhuma marca. O corpinho está perfeito, só o rosto que está assim. Uma coisa dessas não dá nem para explicar, é muito triste. Meu irmão vai botar para frente e procurar a Justiça”.

Os pais do recém nascido são estudantes e iriam batizá-lo com o nome de Alexandre Michel. R.A.F. afirmou que está muito triste pela morte do filho. “Eles só diziam que não estava no tempo ainda e ela (L.M.O.) só sentindo dor e febre. Não deu para ela ficar no hospital para ter o menino, mandaram ela vir embora, foi três dias lá. Vendo meu filho nessa situação eu sinto muita dor no coração, era meu primeiro filho”, declarou o pai emocionado.

OUTRO LADO 

A reportagem do FAROL DE NOTÍCIAS foi até o Hospam e não conseguiu conversar com João Antônio Magalhães, diretor interino do hospital. Até o fechamento desta matéria buscamos, por telefone, uma declaração da direção com relação ao caso e não obtivemos resposta.

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A família questiona o Hospam sobre os ferimentos no crânio, olho e boca do recém nascido 

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