Foto: Arquivo Farol de Notícias / Alejandro García

O clima de insegurança é constante entre os comerciários de Serra Talhada, que estão fechando o caixa e até mesmo as lojas mais cedo para evitar assaltos e furtos. Nessa quinta-feira (28), em conversa com o FAROL, o presidente da CDL, Reginaldo Souza anunciou que está buscando resolver o problema pedindo o auxílio da guarda municipal e do 14º BPM. Confira os relatos de comerciantes e funcionários sobre o clima de medo na cidade.

FALA POVO COMERCIÁRIOS SERRA TALHADA

DSC_0321Fátima Conserva, 46 anos, Loja Luíza Bonecas. “Estamos fechando mais cedo, de cinco e meia, a gente fechava seis horas, mas decidimos fechar antes. Eu achava que as lojas menos visadas para furtos seria uma loja de presentes temático, porque o produto é grande, é barato em primeiro lugar, não é como uma loja de presentes que você compra relógios, compra joias, cristais que são produtos caros e quando o bandido chega tem muito dinheiro no caixa, até então eu achava isso, mas depois do que aconteceu na Loja Floribella, eu acho que não precisa a gente ficar mais até as seis horas, depois do assalto a minha concorrente eu fiquei fechando meia hora antes”.

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DSC_0335Eliene Gomes, 48 anos, Loja Scarllet. “A gente está tendo o cuidado de fechar o caixa mais cedo porque nos sentimos inseguras, precisamos de segurança. Espero que os órgãos públicos tomem as providências, se for responsabilidade da prefeitura, que coloque guardas municipais e se for o estado, coloque policiais nas ruas. Especialmente nas esquinas aqui da rua 15”.

 

 

DSC_0345Edsllayne Millena, 21 anos, vendedora do Império das Joias. “Absurda, absurda, nenhuma segurança nós temos. Não estamos fechando mais cedo porque as vendas estão difíceis, tem comércio fechando mais cedo, então, a gente já pega aqueles que estão saindo. Mas está descontrolado não só no comércio, mas nas residências estamos correndo riscos. Esperamos atenção, assistências dos órgãos responsáveis pela segurança, mais fiscalização, mais proteção, segurança”.

 

DSC_0347Giselle Melo, 36 anos, Gerente da Mallibu Joias. “Toda vez que entra uma pessoa a gente fica com medo porque não conhecemos em fevereiro mesmo, um rapaz entrou aqui anunciou um assalto e levou um relógio por volta de quatro horas da tarde, mas você vai na delegacia e eles não tomam providência de nada, o primeiro assalto foi em 2012 e até hoje não deram resposta de nada. A gente trabalha no comércio não tem guarda, não tem segurança, ficamos com medo”.

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DSC_0350Michelliny Barros, 40 anos, gerente da Cacau Show. “Estamos com nosso horário normal, mas com um pouco de cautela, se vermos alguém mais estranho já ficamos em alerta. A partir de 17h30, 18h a rua fica esquisita que é onde a gente acredita que os ladrões costumam agir, por ter pouca movimentação na rua dos carros e motos. Deveria ter um policiamento nesse horário”.

 

 

 

DSC_0362Klecia Gomes, 24 anos, vendedora da Jujubiju. “Aqui não tem segurança de nada, a maioria das lojas fecham cinco e meia, mas continuamos nosso horário, sabendo que é perigoso. O comércio em si deveria começar a fechar 17h ou no máximo 17h30, não ficar até às 18h. Nessa rua tem muito trombadinha, bêbados que passam, incomodam, a gente fica com medo sem saber o que fazer. O comércio está parado é a falta de dinheiro, desemprego e tudo e ocasiona ter mais trombadinha, mais violência, mais tudo”.

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DSC_0375Cibely Valões, 37 anos, Joalheira Nossa Senhora da Penha. “Como eu trabalho com um produto mais delicado, com um valor agregado mais alto, a gente procura fechar mais cedo. Ter segurança, câmeras, mas infelizmente está difícil, está faltando segurança pública nas ruas, policiamento. Está próximo do dia das mães, dia dos namorados  que são datas que aquecem o comércio e a gente não vê policiamento , que é o que realmente precisa. Aqui, 17h é super deserto, meio dia é deserto, falta segurança. Esses assaltos atrapalham as vendas, principalmente, o setor que eu trabalho porque é um setor mais restrito, mais delicado e isso já causa uma certa insegurança. Eu tenho clientes que preferem fazer débito automático para não ir ao banco para sacar, a população em geral se sente insegura, sentimos falta de proteção por parte das autoridades públicas que cuidam da segurança”.