Farol de Notícias / Manu Silva

Publicado às 04h desta quarta-feira (15)

Na manhã desta terça-feira (14) a reportagem do Farol de Notícias saiu às ruas de Serra Talhada para ouvir os feirantes e vendedores ambulantes que foram realocados do Pátio da Feira Lero Pereira, que deu lugar ao espaço conhecido como ‘Feira do Rolo’.

Ainda com poucas bancas ocupadas, a maioria dos feirantes ouvidos aprovaram o espaço que os livrou de lama e desorganização. No entanto, ainda aguardam que as vendas melhorem e o pátio seja finalizado com a coberta prometida pelo prefeito Luciano Duque, em seu discurso de inauguração. Confira os depoimentos na íntegra:

FALA POVO – PÁTIO DA FEIRA LERO PEREIRA

José Romério Dantas, conhecido como Nelsinho, de 42 anos, dono de um brechó de sapatos há cerca de três anos

“Eu compro e vendo sapatos aqui, trabalho mais com a linha masculina. Aqui é brechó se chegar com sapato eu compro e vendo a partir de R$ 2, até R$ 100. Depende do bolso do cliente e do produto. Até sem dinheiro ele leva. Venho para cá uns quatro dias por semana, desde o começo na feira do rolo. As vendas aqui é que nem maré, tem dia que vende bem, tem dia que você corre o risco de não vender e não comprar. Tem que vir todo dia. Para mim, eu tô achando mais bonito, padronizado. Dá para ver que se chover não vai criar tanta lama como a gente via nos outros cantos que a gente tem passado. Eu espero que daqui para frente seja melhor, tem que pensar positivo, é o que eu espero.

Ednaldo Rufino da Silva, o famoso Nego Preto, de 48 anos, é feirante há pelo menos 25 anos e trabalha com celulares, relógios e joias

“Já trabalhei na outra feira lá, mas como o meu box ficou muito escondido eu vim para cá. O pessoal tem mais acesso e ficou muito melhor para mim. Eu tenho relógio a partir de R$ 40, joias e celulares a partir de R$ 120. Aqui está de parabéns, porque do jeito que estava, a gente trabalhando dentro da lama ninguém ia não. Aqui está de parabéns, eu aprovo demais, ficou nota 10. O que deve fazer é ampliar, ele (Luciano Duque) fez uma coisa simples, mas vai ampliar quem quiser e tiver condições. A gente vai esperar cobrir, eu acredito porque o pessoal na rua falava que a gente não vinha mais nem para esse ponto, mas eu sabia que tinha documentação com promotor e tudo”.

Roberval Ramalho, mais conhecido como Rubinho, de 42 anos, trabalha como feirante há cerca de 4 anos

“Eu vendo fone de ouvido, carregador, celular digital, caixas de som e acessórios para celular. Quem chegar encontra celular top dos tops a partir de R$ 500, tudo legalizado,de procedência, com nota e tudo direitinho. Eu passei três anos como feirante, saí para trabalhar em uma firma, fui demitido e voltei está com uns seis meses. Agora, pretendo ficar permanente, não quero mais ser empregado de ninguém não. Aqui o ambiente melhorou bastante, depois da reforma. Enquanto não vem a coberta que o prefeito anunciou a gente vai fazendo a nossa, mas eu acredito que vai sair sim. Só ontem aqui o apurado foi acima do esperado. A gente achava que não ia vender bem e a gente vendeu”.

Maria Rita Pereira, 48 anos, tem uma história com a feira há pelo menos 21 anos e junto de seu marido, Genival Pereira, serve para seus clientes um cafezinho, balas e pequenos materiais de construção

“Eu vendo um cafezinho e material de construção, quem chega encontra de tudo um pouco. Tenho martelo e serra de R$ 10, alicate de R$ 20 e o café de R$ 0,25 centavos a cima é todo preço. O pátio é uma higiene total, gostei, amei, adorei demais. Está dez mil vezes melhor que o outro, com certeza. Vai ajudar até nas vendas. Ontem a feira foi muito boa e hoje foi muito melhor, Graças a Deus. O prefeito falou que no futuro ainda vai cobrir e é o que a gente espera. Com certeza, vai ficar bem melhor. Está bom até demais, meu coração. A tendência é melhorar cada vez mais”.

Vanessa Maria Pereira, de 33 anos, vendedora ambulante de lanches há 1 ano e meio. Vanessa junto de seu marido e filhas vende coxinha, croquete e pastéis 

“Eu levava os lanches em uma carrocinha empurrando, eu e meu marido. Vendi coxinha, croquete, pastel de carne, pastel de frango, refrigerante, água. Desde ontem que vim para cá, também passava para vender aqui quando era a feira do rolo. Ontem foi fraco aqui para mim e para todos que vendem lanche foi fraco, já hoje deu uma melhorada. Eu vendi mais andando, mas é melhor está em um cantinho parado, porque a gente também vai fazendo o movimento. É importante a gente ter o nosso espacinho para ir colocando os nossos lanches. Aqui tá melhor que antes, está mais organizado, mais seguro e a feira a gente vai fazendo, vai fazendo os clientes e vai dando certo. Vai ser melhor quando estiver coberto, mas quando ninguém sabe. Eles têm o prazo deles lá para concluir a obra, mas eu acho que vai demorar um pouco”.