O acontecimento causou comoção nas redes sociais, foi notícia internacional e acabou motivando um pedido de desculpas dos organizadores dos Jogos Olímpicos. Mas também escancarou o absurdo de uma tradição permitida por lei: o desfile de animais silvestres em eventos militares nessa região.
Mascote do 1º Batalhão de Infantaria da Selva (BIS), Juma, que posou no Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CISG) – um dos pontos turísticos mais famosos de Manaus -, não é a primeira onça a participar de solenidades militares. A prática é comum, dependendo apenas da autorização do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).
No caso de Juma, contudo, o problema é maior, porque o órgão diz por meio de assessoria de imprensa que deu autorização apenas para outro animal – um macho batizado de Simba – participar do evento. Por isso, o IPAAM informou que o Comando Militar da Amazônia (CMA) foi notificado para dar explicações sobre a morte e exposição do animal. Se for punido, pode pagar multa de até 3.000.