Do CNN Brasil

O Ministério Público Federal (MPF), por meio do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial, ouvirá nesta segunda-feira (20), a partir das 14h, em Brasília, o senador Flávio Bolsonaro, no âmbito do procedimento investigatório criminal (PIC) que apura supostos vazamentos da Policia Federal na Operação Furna da Onça, deflagrada em 2018.

Na condição de testemunha, Flávio usou a prerrogativa de marcar data e hora do depoimento. Um procurador da República irá ao encontro dele, em Brasília.

Em maio, o MPF também pediu à Justiça Federal o desarquivamento de inquérito policial (IPL) que apurava suspeitas de que informações privilegiadas foram vazadas. Na época, o caso foi arquivado após a própria PF ter relatado sem evidências de crime o IPL.

A acusação de que houve vazamento da operação veio à tona após uma entrevista do empresário Paulo Marinho, ex-aliado de Bolsonaro. Marinho é suplente de Flávio e o acusa de ter sido avisado por um delegado da PF, “fã da família Bolsonaro”, em 2018, de que haveria uma operação sobre movimentações suspeitas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foi após essa operação que Flávio afastou Queiroz do cargo.

Em nota, a defesa do senador afirma que é falsa a acusação de que soube antes da operação; e que a verdade deve ser restaurada o mais rápido possível.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região concedeu habeas corpus ao advogado Victor Granado Alves para que ele não preste novo depoimento em investigação do Ministério Público Federal (MPF) que apura vazamento de operação da Polícia Federal para beneficiar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos). A decisão é do desembargador Paulo Espírito Santo.

Victor Granado Alves, que foi advogado do senador, compareceu ao MPF no dia 27 de maio, mas ficou em silêncio, alegando sigilo profissional. Alves também é investigado no caso das “rachadinhas”.

Victor Granado Alves, de acordo com Paulo Marinho, foi uma das pessoas que compareceram à porta da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro para encontrar o delegado que teria antecipado a Furna da Onça.

(Com informações de Larissa Resende e Basília Rodrigues)