Giovanni Filho (Farol) Vera Ferreira (neta de Lampião) e Paulo César Gomes, escritor e colunista do Farol

Publicado às 05h03 deste domingo(28)

Texto e fotos de Manu Silva, especial para o Farol e fotos de Sebastião Costa, da Assessoria da Flist

Mesmo com forte ventania e uma chuva que surpreendeu o público que acompanhava a última noite da Festa Literária de Serra Talhada – Flist, nesta sexta (26), o evento migrou para o Quintal do Museu do Cangaço para abrigar a programação. Com o tema “Em busca do cordel e da rota do Cangaço”, a rodada de apresentações trouxe um resumo da instigante pesquisa de Giovanni Filho, jornalista, editor do site Farol de Notícias e produtor da TV Farol.

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Em sua fala, ele expôs trechos do roteiro de entrevistas que realizou em cidades do Sertão e Agreste da Paraíba e Pernambuco no rastro da preservação da Literatura de Cordel. Pincelando a história do cordel e a luta pela permanência do gênero, Giovanni provocou reflexões que cabem mais debates. Além de jornalista e editor do Farol, ele desenvolve pesquisas científicas desde 2010, é Mestre em Comunicação e Cultura e está finalizando o Doutorado em Sociologia pela UFPB.

Em seguida, Vera Ferreira, a neta de Virgulino Ferreira (Lampião), ao lado de Anildomá Willans falaram sobre “A Literatura do Cangaço e as redes sociais”. As colocações permearam a preocupação com o falecimento da memória do Cangaço e as estratégias de resistência pelo mundo afora na visão da herdeira da história de Lampião. Os debates acaloraram-se e junto à chuva esticaram a noite.

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LANÇAMENTOS E MÚSICA

O escritor, professor e pesquisador Paulo César Gomes, lançou sua mais nova obra “Agamenon Magalhães e o ciclo do algodão mocó em Serra Talhada” que se debruça sobre a cidade entre as décadas de 1940 a 1950 que girava em torno da produção o algodão que na época foi considerado a melhor fibra do país.

Encerrando o evento, a dupla de violeiros repentistas Sebastião Dias e Zé Carlos do Pajeú cantaram temas variados começando pelas palestras da noite e findando em causos, rezas e saudades. Falando nisso, o trio As Severinas trouxe todo o forró e a poesia pajeuzeira para o terreiro do museu. Foi bonito de ver.

FLIST 2022

Segundo informações da produção da Flist, reveladas nos bastidores com exclusividade para o Farol, o projeto e o recurso para a edição de 2022 da Flist já estão garantidos. A ideia é que o evento ocorra no primeiro semestre do ano e poderá ter duas edições, uma destas voltada especificamente para uma linguagem literária.

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