Em nota enviada à imprensa no início da noite desta sexta-feira (4), o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, dá mais outro tiro no pé condenando a paralisação de centenas de servidores públicos municipais.

O gestor, que é do Partido dos Trabalhadores, acusou a reivindicação de “infundada”, “injustificada” e “ilegal”. E disse que espera do funcionalismo uma outra postura mais passiva, que tachou de “sensata”, quanto ao posicionamento em relação ao projeto enviado pelo executivo ao legislativo municipal.

A medida penaliza o servidor público com o aumento de 2,5% da alíquota previdenciária com o principal objetivo de tentar minimizar o rombo de mais de R$ 4 milhões existente no Instituto de Previdência Própria de Serra Talhada (IPPST). Somando-se às mobilizações da população, sete vereadores já anunciaram que também são contra o projeto de Duque.

Num legislativo formado por 15 parlamentares, e com a possibilidade de adesão de mais vereadores contrários, o provável é que o prefeito seja derrubado pela decisão da Câmara Municipal. Nessa movimentação, dois dos sete votos contrários são de parlamentares governistas. Sinézio Rodrigues (PT) e Nailson Gomes (PSC) já anunciaram que não apoiam o projeto do modo que está escrito. Entre a oposição, todos os cinco vereadores são contra.

FALTA DE LÍDER

Ainda, de acordo com a nota enviada pelo prefeito Luciano Duque, o governo tenta se colocar no lugar de vítima acreditando numa espécie de complô para tentar “desqualificar sua gestão e seus aliados”. E defendeu que o governo não está isolado na Câmara Municipal.

“Até agora não existe líder na bancada governista na Câmara dos Vereadores é porque ainda não procurei nenhum de meus aliados para exercer tal função, e que estarei fazendo em breve”, afirmou Duque, por meio da sua Assessoria de Imprensa. Vai fazer três semanas que Luciano não encontra uma alma com coragem de assumir a dura missão de representá-lo na Câmara Municipal.

Quanto à paralisação, o prefeito diz que espera que os servidores “revejam as suas posições” e procurem entender “as causas reais do projeto governista”.