Os moradores do bairro do Mutirão, em Serra Talhada, que detém o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município, estão vivendo uma trajetória digna de um trailer de filme onde a peça principal do roteiro é o desrespeito e descaso com o ser humano e com o dinheiro público. As obras de urbanização do bairro, orçadas em mais de R$ 5 milhões se arrastam e os políticos só costumam aparecer, em período das eleições, como “salvadores da pátria”. Ora anunciam verbas, ora anunciam que tudo em breve vai se resolver.

O enredo agora piorou. As últimas chuvas que caíram em Serra Talhada, nos últimos três dias, destruíram boa parte do canal que estava em construção. Mas esta não é a primeira vez. É a terceira. A consequência é que a obra caminha em marcha lenta. Ora vai… ora morre. A empreiteira, quando precisa, utiliza o povo como massa de manobra para cobrar mais recursos. O resultado é o desalento.

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“Acho que vão chegar, de novo, em período eleitoral, para dizer que vão terminar a obra. Ninguém aguenta mais”, disse a líder comunitária Regina Gualberto, presidente da Associação de Moradores do Mutirão. Das 36 casas prometidas a cerca de três anos, apenas nove estão prontas.

“O resto se encontra de parede e meia. Uma tristeza”, confirma Regina. Hoje, as crianças continuam na lama. E até a Academia da Saúde, que era para ser inaugurada em 25 de novembro, virou mais uma propaganda enganosa. Confiram as imagens.

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