Publicado às 06h55 deste sábado (22)
Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)
Fundada em 10 de fevereiro de 1778, num dia de segunda-feira, a Feira Livre de Serra Talhada é a maior feira do sertão, e se espalhava pelas ruas atendendo a região. Os meninos pegavam fretes com um carrinho de madeira pra ganhar alguns trocados, e eu vendia picolé na calçada do mercado.
Gregório e Quinzeiro Melo deixavam a feira sortida, se encontrava de tudo, do parafuso ao chinelo. Na banca de Zé Flandilheiro era onde o freguês comprava funil, bacia e candeeiros para iluminar a casa. Nas barracas de comidas; Salena e Dona Dalina vendiam as suas marmitas.
Miguel do Óleo vendia óleo de coco às meninas, já os meninos compravam para passar nos cabelos, a famosa brilhantina. Na feira tinha de tudo, tinha móveis e utensílios, calçados, frutas e verduras. Tinha roupas e tecidos, quebra-queixo, cereais e rapadura.
Também tinha camelôs por todo lado, espalhados pelas ruas, e por dentro do mercado. O marchante vendia a carne fazendo um furo no meio, era muito interessante, o freguês levava a carne pendurada num barbante. Tinha gente preocupada com as mazelas do amor e para ler a sua mão, procuravam as ciganas, carta-amante e benzedor.
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