Do Portal Leia Já

“A pergunta do dia: Quando a Fundarpe vai pagar os cachês atrasados dos artistas locais?”, questionou Lia de Itamaracá em uma postagem feita no seu Facebook. A cantora utilizou as redes sociais para demonstrar sua insatisfação com a falta de pagamento que, no seu caso, já estaria se arrastando há 8 meses.

De acordo com Beto Hees, seu produtor e representante, o Governo do Estado deve a Lia o valor referente a seis contratações feitas no último ano.

“O mais antigo é referente a 7 de junho, quando Lia foi chamada para algumas atividades de lazer nas escolas. Tem também o cachê na Fenearte, uma ciranda em Itamaracá feita em outubro e apresentações em outras quatro escolas”, explicou.

Segundo o produtor, a última promessa feita pela Fundarpe foi de que o dinheiro cairia na conta no dia 31 de dezembro, ou, no máximo, até o dia 2 de junho. Em nenhum dos dias, no entanto, foi realizado algum pagamento. “Esse governo não respeita o artista popular”, desabafou.

“Está tudo parado. A gente está sem saber o que fazer e os músicos me cobrando direto. Alguns até me acusaram de ter gasto o dinheiro todo, sendo que está lá na Fundarpe a prova de que a gente ainda não recebeu pagamento nenhum vindo deles”, contou Lia de Itamaracá em entrevista ao LeiaJá.

Beto Hees afirmou ainda para a reportagem que o atraso é comum há muitos anos: “Isso é uma constante. Não é só agora porque o país está em crise que eles estão com dificuldade de pagar os artistas locais. Sempre foi essa irresponsabilidade e falta de respeito com o artista local. Sempre tem que fazer uma ‘baixaria’ para receber da Fundarpe”.

O produtor esclareceu que seus problemas têm sido com o Governo do Estado, especificamente, e não com a Prefeitura do Recife, que, segundo ele, já teria pagado o cachê do contrato mais recente feito com Lia de Itamaracá. Beto também garantiu que não prestarão mais nenhum serviço para a Fundarpe este ano. Assim, para contratar a ciranda de Lia será necessário entrar em contato diretamente com a sua produção.

Procurada pelo LeiaJá, a Fundarpe não respondeu aos questionamentos sobre os cachês dos artistas locais até a publicação dessa matéria.