A crise do Tiro de Guerra de Serra Talhada, cuja estrutura básica depende da prefeitura, pode aumentar nos próximos dias. Na última segunda-feira (16) o prefeito Luciano Duque enviou o Ofício Nº 461/2013, ao chefe de instrução, solicitando o retorno de cinco servidores cedidos ao TG para voltarem a trabalhar para Prefeitura.

Com isso, deverão desfalcar o órgão vigilantes, auxiliar administrativo e de serviços gerais que trabalham no dia a dia do Tiro de Guerra, o que pode aumentar os problemas dentro da instituição.

A problemática dentro do TG vem se avolumando desde o mês de agosto, quando a prefeitura deixou de repassar recursos para o pagamento do aluguel do prédio e até para compra de material de expediente. Segundo o FAROL apurou, o débito é superior a R$ 13 mil e acabou prejudicando a formatura da turma de 2013.

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“Tudo isso que vem acontecendo com o Tiro de Guerra é muito vergonhoso. Uma instituição que se encontra em Serra Talhada há 34 anos e que serve a toda região do Pajeú está passando por estas dificuldades. E se tirarem os funcionários cedidos pela prefeitura vai ser uma ‘pá de cal’ na instituição”, lamentou o ex-reservista Raimundo Nonato, criticando a falta de iniciativa da prefeitura.

“Eu sou da época do sargento Lacerda e nunca vi uma coisa dessas. Agora, gostaria que a prefeitura mostrasse as datas que foram pagos os débitos pendentes”, desafiou.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou com o Tarcísio Rodrigues, assessor de imprensa do governo, que fez questão de tranquilizar os servidores e defensores do Tiro de Guerra. “Este é um procedimento normal que é feito todo o final de ano com instituições parceiras. Não quer dizer que eles (servidores ) serão retirados do local de trabalho. O convênio tem que ser renovado em 2014 e o Tiro de Guerra já pode se antecipar, enviando ofício ao governo neste sentido”, esclareceu.

Quanto à falta de pagamento dos aluguéis desde o mês de agosto, Tarcísio Rodrigues coloca a responsabilidade do atraso no próprio Exército. “Estamos só esperando a documentação do Ministério do Exército para regulamentar o convênio. Isso não é culpa da prefeitura”, disparou Rodrigues.