Foto: JOHN WESSELS / AFP

Os golpistas da Guiné anunciaram uma série de reuniões a partir de terça-feira com as forças políticas, sociedade civil e representantes de empresas de mineração para preparar a formação de um governo.

Essas reuniões, anunciadas na noite de sábado pelos militares em rede nacional, fazem parte da “consulta” que prometeram para uma transição política e a formação de um governo.

Os militares comandados pelo coronel Mamady Doumbouya receberão na terça-feira os chefes dos partidos políticos, depois os das confissões religiosas.

Na quarta-feira será a vez das organizações da sociedade civil e representações diplomáticas, a que se seguirão na quinta pelos dirigentes das empresas de mineração estabelecidas na Guiné e organizações patronais. Na sexta-feira, eles se reunirão com bancos e sindicatos, segundo declarações lidas na televisão.

A Guiné é um dos maiores produtores mundiais de bauxita, principal mineral para a produção de alumínio. Possui depósitos de ferro, ouro e diamantes. Apesar disso, continua sendo um dos países mais pobres do mundo.

Muitas empresas estrangeiras têm contratos com a Guiné e o golpe de 5 de setembro, que destituiu o presidente Alpha Conde, fez com que o preço do alumínio atingisse seu maior patamar em anos nos mercados, apesar de a junta garantir aos sócios do país que os negócios vão continuar e que os compromissos assumidos serão cumpridos.