Google homenageia transexual de PEDo Portal Terra

Quem abrir a página inicial do Google nesta terça-feira (29) irá se deparar com uma imagem que celebra o que seriam os 71 de Brenda Lee, assassinada em maio de 1996. Para quem não conhece, Brenda Lee – nascida Cícero Caetano Leonardo, em Bodocó, interior de Pernambuco – é referência na militância pelos direitos LGBT.

Além do mês marcar seu aniversário, outro motivo especial levou a transexual brasileira a ser homenageada pela ferramenta de buscas mais popular do mundo. A data 29 de janeiro celebra o Dia Nacional da Visibilidade de Travestis e Transexuais (ou Dia da Visibilidade Trans) no Brasil.

Veja também:   Hospam confirma novo caso suspeito de H1N1 em ST e recebe resultado do primeiro exame para a gripe

História de luta

Desde pequena, ainda usando seu nome de batismo, Brenda já era considerada muito afeminada por quem a conhecia, o que logo cedo fez com que ela tivesse que lidar com o preconceito da sociedade. Aos 14 anos, com o nome social de Caetana, a militante se mudou para São Paulo, onde adotou o nome pelo qual é conhecida até hoje.

Em 1984, época na qual a AIDS ainda era muito estigmatizada e associada a população LGBT, a transexual acolheu pela primeira vez um portador do vírus HIV rejeitado pela família. Em 1988, sua casa de acolhimento foi formalizada com o nome Casa de Apoio Brenda Lee, também conhecida como Palácio das Princesas. O local ainda funciona atualmente oferecendo assistência médica e social.

Veja também:   Governo determina prioridade nas investigações de crimes em município sertanejo

Seu trabalho se tornou um referencial, além de um marco importante. Com isso, no dia 21 de outubro de 2008 foi instituído o Prêmio Brenda Lee concedido quinquenalmente para sete categorias por ocasião das comemorações do Dia Mundial de Combate à Aids e aniversário do Programa Estadual DST/Aids do Estado de São Paulo.

Morte

Brenda foi assassinada no dia 28 de maio de 1996, aos 48 anos, e seu corpo foi abandonado em um matagal na divisa das cidades de São Paulo e Mairiporã, com um tiro na boca e outro no peito. Na época da sua morte, a Casa de Apoio Brenda Lee contava com 27 pacientes.

Veja também:   Prefeitura de ST emite nota sobre vacinas

Como culpados pelo crime, a polícia prendeu os irmãos Gilmar Dantas Felismino, ex-funcionário de Brenda, e José Rogério Felismino, na época policial militar. A motivação do assassinato teria sido um golpe financeiro que o funcionário tentou dar na ativista, que teria sido descoberto e denunciado por ela na polícia.