Para Paulo Câmara, a crise foi mais severa do que se esperava e Pernambuco só consegue caminhar neste momento graças ao ajuste fiscal desenvolvido pelo seu governo

O governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) disse, em entrevista ao Super Manhã, da Rádio Jornal, que tomou as medidas necessárias para garantir a segurança do estado e criticou o que chamou de imposição dos policiais militares. O governador disse que solicitou uma renovação do auxílio das forças armadas e aguarda a resposta enviado ao presidente Michel Temer (PMDB).

Apesar de reconhecer a situação caótica de violência no Estado, Paulo Câmara atribuiu a situação à crise. O socialista garantiu que “tão logo a situação melhore”, sua gestão dará respostas rápidas às necessidades do Estado, entre elas, a segurança. Sobre o tópico, Paulo Câmara acredita que é preciso evoluir em termos de abordagens e mudança de postura e isso foi repassado para os comandos da Polícia Militar. “Eu tenho dito e reiterado que a gente precisa ter mais ação. Se for olhar só os protocolos: prendemos mais gente, mais armas, mais drogas, mais inquéritos concluídos e a violência não diminuiu. Isso está provocando reações, a nosso ver, desnecessárias. Porque o governo é de dialogo, de conversa, e vai garantir os direitos dos policiais militares no tempo pactuado, como já tínhamos combinado, e conversar sobre reajuste no mês de abril”, disse.

Em tom de crítica, o governador afirmou que a Polícia Militar antecipou o debate e não vai ceder a imposições. “Houve uma antecipação desse debate, mas a gente tem que enfrentar isso. Eu não posso, diante do momento que o país vive, com aumento de violência em todos os locais, com insegurança nas ruas, fazer o que o conjunto de associações quer: impor a forma de negociar com o governo. Não é assim que funciona! O governador tomou as medidas necessárias para garantir a segurança. Eu tenho certeza que a gente vai, mais na frente, a partir de tudo o que a gente tá vivendo, ter uma policia que funcione melhor para a sociedade pernambucana”, afirmou.

Para Paulo Câmara, a crise foi mais severa do que se esperava e Pernambuco só consegue caminhar neste momento graças ao ajuste fiscal desenvolvido pelo seu governo. De acordo com ele, hoje, em fato inédito, Pernambuco amarga crescimentos de arrecadação inferiores à inflação. “Em 2014 fizemos um plano de governo que foi aprovado pela sociedade. É só olhar o que eu prometi! Todas as medidas são importantes e necessárias para Pernambuco. Mas enfrentamos um cenário que nem o mais pessimista dos analistas diria”, disse.

O Jornal do Commercio publicou uma matéria, no último dia 18, mostrando as principais promessas de campanha do governador Paulo Câmara para os quatro anos de mandato. Entre as principais estavam a construção de quatro hospitais, seis UPAEs e 20 Compaz e a implantação de um corredor BRT na Avenida Norte, no centro do Recife. Além disso, havia a implantação do programa Doutor Chegou, a duplicação do piso do salário dos professores e a implantação da tarifa única no valor de R$ 2,15 e que finalizaria os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste.

Do JC Online