O fogo-cruzado ocorreu depois que o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, ler durante meia-hora uma mensagem do governador Paulo Câmara (PSB) para os deputados estaduais em que ressalta ações do primeiro ano de mandato e promete que as questões de maior relevância para a sociedade passarão pelo debate da Alepe. Na saúde, Figueira disse que o governo não prevê o envio de nenhum pacote ou projeto de destaque para a Casa nos próximos dias.
Após o discurso do secretário, Silvio Costa Filho fez a sua fala para os parlamentares de oposição criticando os pontos fracos do atual governo, como o aumento da violência, a crise no sistema penitenciário, as PPPs de Itaquitinga e da Arena Pernambuco, as tarifas do transporte público na Grande Recife e os casos de zika e microcefalia.
Em seguida, Waldemar Borges, saiu do discurso que havia escrito para a bancada do governo e começou a disparar contra a postura superficial e parcial com que a bancada da oposição trataria os problemas do Estado, sempre voltando aos mesmos temas e deixando faltar parte da verdade. O socialista também culpou a crise estrutural no governo federal como o motivo para que os estados enfrentem imensos desafios.
O clima na Alepe deve continuar tenso nesta terça-feira (2), quando a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos vai ouvir os secretários estaduais Pedro Eurico (Justiça) e Alessandro Carvalho (Defesa Social) para cobrar explicações sobre as fugas em massa que ocorreram em dois presídios do Estado.