alepeGoverno e oposição começaram o ano legislativo trocando farpas nesta segunda-feira (1º), na primeira sessão do ano da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Enquanto o líder da Oposição, Silvio Costa Filho (PTB), fez um pronunciamento dizendo que as consquistas do Estado estão ficando para trás e que a atual gestão abusa da procrastinação da paciência dos pernambucanos com problemas sociais como a violência, o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB), reagiu num tom igualmente duro, afirmando que os oposicionistas têm uma visão superficial dos problemas e, quando se pronunciam, “fica faltando parte da verdade”.

O fogo-cruzado ocorreu depois que o secretário da Casa Civil, Antônio Figueira, ler durante meia-hora uma mensagem do governador Paulo Câmara (PSB) para os deputados estaduais em que ressalta ações do primeiro ano de mandato e promete que as questões de maior relevância para a sociedade passarão pelo debate da Alepe. Na saúde, Figueira disse que o governo não prevê o envio de nenhum pacote ou projeto de destaque para a Casa nos próximos dias.

Após o discurso do secretário, Silvio Costa Filho fez a sua fala para os parlamentares de oposição criticando os pontos fracos do atual governo, como o aumento da violência, a crise no sistema penitenciário, as PPPs de Itaquitinga e da Arena Pernambuco, as tarifas do transporte público na Grande Recife e os casos de zika e microcefalia.

Em seguida, Waldemar Borges, saiu do discurso que havia escrito para a bancada do governo e começou a disparar contra a postura superficial e parcial com que a bancada da oposição trataria os problemas do Estado, sempre voltando aos mesmos temas e deixando faltar parte da verdade. O socialista também culpou a crise estrutural no governo federal como o motivo para que os estados enfrentem imensos desafios.

O clima na Alepe deve continuar tenso nesta terça-feira (2), quando a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos vai ouvir os secretários estaduais Pedro Eurico (Justiça) e Alessandro Carvalho (Defesa Social) para cobrar explicações sobre as fugas em massa que ocorreram em dois presídios do Estado.