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Por Crescer online

 

Uma mulher deu à luz soterrada sob os escombros, após o terremoto de magnitude 7.8 que atingiu a região de Jenderes, na Síria, na noite de segunda-feira (6). A bebê, uma menina, foi resgatada com vida, mas a mãe, tragicamente, não resistiu. De acordo com a mídia local, a gestante entrou em trabalho de parto durante o tremor, que, até o momento, deixou mais de 5 mil mortos na Turquia e na Síria.

Em um vídeo que circula nas redes sociais, um socorrista aparece correndo dos escombros de onde antes havia um prédio. Ele carrega a bebê para lugar seguro, passando por uma enorme quantidade de metal retorcido, arame farpado e concreto quebrado. Atrás dele, outro homem corre, segurando um cobertor verde, cheio de poeira, que joga para o homem tentar aquecer a bebê e mantê-la viva.

Segundo o Daily Mail, não apenas a mãe, mas a restante da família da recém-nascida perdeu a vida na tragédia. Depois que outros dois terremotos devastaram a Turquia e a Síria na segunda-feira, outro tremor, de escala, 5,8, abalou novamente a Turquia na manhã desta terça-feira (7). O Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo (EMSC) informou que o novo terremoto ocorreu a uma profundidade de 1,9 km, na região central do país.

Os esforços de resgate continuam, mesmo diante de temperaturas congelantes que assolam a região. A tempestade de inverno atrapalha as forças que tentam salvar os sobreviventes presos nos escombros, que ficam em uma situação ainda mais dramática, por causa do frio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o número de mortos pode chegar a 20 mil na segunda-feira (6). Nesta terça (7). a instituição afirmou que, ao todo, 23 milhões de pessoas – incluindo 1,4 milhão de crianças – podem ser afetadas. A crise humanitária na Síria é a mais urgente, observou a OMS.

Dezenas de milhares de pessoas ficaram desabrigadas e tiveram que dormir nos carros ou buscar acomodação temporária, depois que milhares de edifícios foram derrubados em ambos os lados da fronteira, deixando ainda mais dramática a situação da região, já afetada por guerra, insurgência, crises de refugiados e um recente surto de cólera.

Segundo a Sky News, há relatos de moradores saqueando supermercados depois de ficarem sem comida ou abrigo, enquanto pacientes em um hospital público na Turquia foram abandonados, depois que a equipe médica fugiu.

Alguns moradores, que não tiveram suas casas destruídas, arriscam a vida tentando voltar, já que tremores secundários continuam abalando as fundações. Vários prédios ficaram inabitáveis.

Carlo Doglioni, professor especialista italiano em sismologia, disse que a placa arábica se deslocou três metros durante o terremoto, de acordo com o Daily Mail. O terremoto inicial foi tão forte que foi sentido até a Groenlândia e foi seguido por uma série de mais de 200 tremores secundários, incluindo um tremor de magnitude 7,5 que ocorreu no meio do trabalho de busca e resgate, ainda na segunda-feira.

Por volta das 6h (considerando o fuso horário de Brasília), o número de mortos na Síria era de 1.602, de acordo com o governo sírio e o serviço de resgate dos Capacetes Brancos. Na Turquia, o número de mortos subiu para 3.419 pessoas, disse o vice-presidente Fuat Oktay na manhã desta terça-feira, com outras 20.534 pessoas feridas. Isso elevou o número de pessoas mortas no total para 5.102.

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