eleições 2016A guerra jurídica entre as chapas que disputam a Prefeitura de Serra Talhada foi deflagrada antes mesmo do início da campanha eleitoral, em 16 de agosto. A coligação “O trabalho vai continuar”, do prefeito Luciano Duque (PT), entrou com ação contra a Frente Popular de Serra Talhada denunciando o pré-candidato Victor Oliveira (PR) e o pré-candidato a vice, Marquinhos Dantas (SD), por suposta prática de crime eleitoral. Foi anexado aos autos do processo, entregue à Justiça, um vídeo onde uma criança estaria realizando a distribuição de panfletos com as imagens de Victor, Sebastião Oliveira e Inocêncio Oliveira.

Diante disso, o juiz da 71ª Zona Eleitoral de Serra Talhada, Marcus César Gadelha, ordenou, nesta quinta-feira (4) a suspensão da divulgação e entrega de qualquer material de propaganda fora do prazo legal e que não seja no recinto intra-partidário destinado exclusivamente aos seus filiados. Caso contrário pode configurar propaganda extemporânea com multa diária de R$ 5 mil.

O magistrado requisitou ainda a instauração de inquérito na Polícia Federal para apurar o suposto uso de trabalho infantil no caso. O FAROL entrou em contato, por telefone, com o jurídico da coligação “O trabalho vai continuar” através do advogado Caio Antunes, que disse que não queria se pronunciar sobre o assunto com a imprensa, já que os autos são públicos.

OUTRO LADOallanpereira

Por sua vez, o jurídico da coligação encabeçada pelo pré-candidato Victor Oliveira, através do seu coordenador, Allan Pereira, argumentou que o jornal distribuído é totalmente permitido pela legislação eleitoral no momento de pré-campanha.

“Isso significa que o PT está extremamente incomodado com a pré-candidatura do candidato do Partido da República”, garantiu. Indagado pelo FAROL sobre a suposta entrega de material por uma criança, Allan Pereira disse que o PR condena esse tipo de prática e vai requerer a investigação do caso junto aos órgãos competentes.

“Essa questão da distribuição do material por crianças, isso não tem nada a ver com a política do partido. Queremos que os órgãos averiguem o culpado pela distribuição desse material, porque isso não tem nada a ver com o que preza o PR”, rebateu o advogado.