Publicado às 04h33 desta sexta-feira (10)

Por Jorge Apolônio, Policial Federal e integrante da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Apesar da tão propalada aprovação do governo de Luciano Duque pela opinião pública (chega-se a divulgar índice de 80%, o que , evidentemente, é um exagero), a verdade é que a reprovação do governo dele pelos próprios servidores da prefeitura, ativos e inativos, é que é altíssima.

Quem lê diariamente o Farol de Notícias, inclusive os comentários dos leitores, vê na seção os comentários diários, persistentes e legítimos de um grupo descontente de servidores da prefeitura, certamente porta-voz do grande grupo, reclamando de direitos trabalhistas não respeitados nem pagos pelo petista Duque desde sempre.

Veja também:   8 atos de amor para viver esta Semana Santa

Essa exposição constante vem se tornando mais contundente e danosa à imagem do prefeito à medida que se aproximam as eleições municipais. Com relação a esse problema, Luciano vem fazendo cara de paisagem, dando uma de joão-sem-braço, elogiando os servidores por serem, segundo ele, os soldados responsáveis pelo resultado de sua considerada boa gestão e vai empurrando o fato com a barriga.

É óbvio que um chefe do poder executivo tem que governar para todos, sobretudo, para os contribuintes, que, enfim, pagam a conta, o povo em geral. Tal gestor não pode se permitir ser refém dos operadores da máquina pública e atuar só em função dela, tratando-a como um fim em si mesma.

Veja também:   Estudante de ST não resiste e morre após AVC

Afinal, a máquina existe para trabalhar para o povo, e não o contrário. Mas também não pode o chefe do poder executivo descuidar dos direitos legítimos desses operadores, sob pena de desmotivá-los e descambar para a má gestão, o que, segundo o próprio prefeito em auto-elogios, não é o caso dos seus resultados em já sete anos de mandato.

Contudo, não há mais como esconder: a realidade é que há, e em expansão, um fosso largo e profundo entre o prefeito e os servidores da prefeitura municipal de Serra Talhada. Só não vê quem é desinformado sobre o assunto, ou é cego ou, cinicamente, ver não quer.

[…] Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo entre você e eu (sic)
[…] O teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer
[…] O nosso amor a gente inventa
(Cazuza)