O caos nas administrações encontrado pela grande maioria dos prefeitos recém-empossados no país já estava anunciado desde o fim do ano passado, conforme levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Independentemente da existência de má gestão ou improbidade administrativa, a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) gerou crise nos cofres de 97,37 % dos municípios em 19 estados, fazendo com que a bomba caísse no colo dos novos administradores.

Ou seja, mais de 4 mil cidades tiveram que apertar os cintos para tentar equilibrar as contas, especialmente com redução das despesas de custeio, de investimento e do quadro de servidores. O resultado foi a queda de qualidade dos serviços públicos, com a saúde sendo a área mais afetada, seguida do setor de transporte, considerados essenciais para a população.

Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, a pesquisa revela a triste constatação do tamanho da crise. “Nada menos do que 4.038 municípios, ou 97,37% do total pesquisado, revelam a dificuldade dos gestores para encerrar seus mandatos sem descumprir o que determina a lei, principalmente a de Responsabilidade Fiscal”, justificou.

Do Diário de Pernambuco.com.br