Do G1

Um chinês que ateou fogo e matou a ex-mulher enquanto ela fazia uma transmissão ao vivo foi condenado à morte, informou a Justiça da China nesta quinta-feira (14).

Amuchu, uma influencer tibetana de 30 anos, tinha milhares de seguidores na rede social Douyin, o equivalente chinês do TikTok.

Ela postava vídeos mostrando seu dia a dia, caminhando pela área rural do país, cozinhando, ou cantando de traje tradicional tibetano.

Em setembro do ano passado, enquanto fazia uma live na rede social, seu ex-marido a encharcou de gasolina e a incendiou.

Amuchu havia se divorciado do marido – que era bastante violento – três meses antes. Ele agora foi condenado à pena de morte por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Seu crime “mostrou uma crueldade extrema, e seu impacto na sociedade foi terrivelmente ruim”, disse o tribunal em um comunicado.

Depois da morte de Amuchu, milhões de internautas exigiram justiça em uma campanha nas redes sociais com o uso de hashtag que chegou a ser censurada pelas autoridades do país.

Violência contra mulheres

 

O regime comunista começou a punir casos de violência doméstica apenas em 2016.

Recentemente, a China alterou sua lei de divórcio para introduzir um período de espera de um mês antes de permitir a separação.

Em tese, a medida se destina a combater divórcios impulsivos. A reforma foi criticada porque muitos acreditam que ela pode manter as vítimas nas mãos de maridos violentos.