Do Folhape

Foto: Reprodução/Google Street View

Um homem foi preso temporariamente por tentativa de estupro de vulnerável contra um menino de 10 anos no vestiário do Clube de Regatas do Flamengo, na Gávea, na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira, dia 23.

De acordo com investigações da 14ª DP (Leblon), Sérgio Paes Fernandes teria abordado a criança quando ela estava tomando banho após a aula de natação segurando o pênis e perguntando “se queria pegar”.

Na ocasião, ele chegou a correr atrás do garoto, forçando a porta e tentando entrar com ele na cabine, encurralando-o e deixando-o apavorado.

Ao pai, o menino disse que, no momento da tentativa de abuso, outro sócio do clube teria entrado no vestiário, o que distraiu Sérgio e permitiu que ele o empurrasse e fugisse.

No pedido de prisão, a promotora Vanessa Cristina Gonçalves Gonzalez relatou também que a babá da criança contou na delegacia a ter encontrado, após o crime, sentado em um banco, chorando e em estado de choque.

À funcionária, o menino contou o que havia acontecido e, ao ver Sérgio saindo do vestiário o apontou e novamente começou a chorar. A babá chamou os seguranças e, na secretaria do clube, o homem foi identificado.

Ao tomar conhecimento do caso, o pai da criança procurou a delegacia. Na terça-feira (22), policiais da distrital estiveram nos endereços que constam nos bancos de dados oficiais e no Flamengo e não o encontraram.

“Os requisitos da prisão se mostram presentes. (…) O [perigo da demora] conduz a decretação da prisão, tendo em vista que o menor e seu agressor frequentam o clube, e já foi o mesmo alertado de que vem sendo procurado para ser intimado a depor, estando, ademais, em local incerto e não sabido, não localizado em qualquer dos seus endereços conhecidos”, escreveu a juíza Luciana de Oliveira Leal Halbritter, no plantão judiciário.

Em nota, o Flamengo afirmou que o clube tomou conhecimento do caso “envolvendo um menor e um idoso, com acusação de importunação sexual do menor” quando a criança já estava em local seguro com a babá. “O clube prestou apoio à família do menor, fez contato telefônico com o Ministério Público, onde obteve instruções do que deveria ser feito, passou todas as instruções e documentos pertinentes para o pai do menor.”

“Da mesma forma, está dando apoio à polícia em tudo o que ela precisa. O clube está acompanhando o desenrolar do processo e, administrativamente, com base no seu estatuto, suspendeu o acesso do acusado em suas dependências até que seja julgada a questão”, informou.