“Descartamos essa possibilidade porque, geralmente, quando as milícias atuam, existe uma correlação entre os tipos de vítimas, as características, e nós temos percebido que em mais de 30% dos homicídios são de crimes de proximidade… Acertos de contas, problemas afetivos. Há casos de sobrinho que matou o tio, intriga entre vizinhos, o cunhado que foi contra o companheiro da irmã, crimes passionais… Então a gente tem quase 40% desses crimes de proximidade que são difíceis de serem combatidos”, analisou o comandante Tibério César.
“Até o momento, principalmente esses últimos homicídios, eles não tem relação. E não tem relação com a ação de grupos extermínio e milícias. Enfim, principalmente, pelas suas características, mas tudo deve ser apurado e investigado”, reforçou o delegado Olegário Filho. De acordo com Tibério César, outro fator que dificulta o trabalho ostensivo da PM nestes casos é o fato de boa parte das mortes terem sido registradas na zona rural.
O comandante admitiu que, neste ponto, a polícia sofre com a questão de falta de estrutura para cobrir os distritos como deveria. Tibério César lembrou que, em 2016, já são cinco mortes na área rural. Mais que o dobro do registrado no ano passado nesse período. Ainda, conforme Olegário Filho, mais da metade dos 12 homicídios registrados em Serra Talhada até agora já tiveram o inquérito concluído, inclusive, com ordem de prisão decretada.
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