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Com colaboração de Emmanuelle Silva (do Farol de Notícias)

Uma mãe foi transferida às pressas na manhã dessa quarta-feira (15) em trabalho de parto do Hospam para o Hospital São Fransciso, que faz parte da rede conveniada com o SUS, situado no bairro da AABB. Em conversa com o FAROL, Cletânnya de Souza Araújo, 40 anos, disse que buscou o Hospital Professor Agamenom Magalhães por volta das 5h da manhã e esperou até às 8h por atendimento de um especialista obstetra, que não apareceu.

Resultado: a bolsa estourou e Cletânnya teve que ser transferida às pressas numa ambulância para ter o filho em outra unidade médica. “Eu cheguei aqui no Hospital São Francisco já em trabalho de parto e quase ganhei o bebê dentro da ambulância ou na calçada. Acabei tendo a criança no ambulatório”, relatou a mãe, sem entender o que aconteceu no Hospam.

“Quando cheguei no Hospam disseram que não tinha obstetra e mandaram eu ficar aguardando. Mas aguardei demais aí a bolsa estourou. Aí, de última hora, com eu já sangrando, chamaram os homens da ambulância para me levar dali. Achei estranho, porque eu já estava parindo, eu deveria ter ficado lá mesmo no Hospam. Sinceramente não sei o que houve”, declarou Cletânnya de Souza Araújo.

O OUTRO LADOmilena

O FAROL procurou a diretora do Hospam, Karla Milene, para ouvi-la sobre o caso. Ela informou que o médico obstetra que deveria estar de plantão no horário que Cletânnya deu entrada, ligou para o hospital avisando que faltaria por motivos de saúde. Segundo a diretora, a paciente foi atendida e encaminhada pelo clínico geral de plantão, que acompanhou Cletânnya na ambulância até o Hospital São Francisco.

“Infelizmente nós não temos médicos disponíveis para substituir em casos como esse, médico também adoece. Quando ela chegou foi atendida pelo Dr. João Cosme, ele constatou que a paciente estava com apenas 3 cm de dilatação e internou-a para aguardar. O médico encerrou o plantão dele, e não esperávamos o imprevisto do outro obstetra faltar neste dia. Assim que a equipe de plantão soube da ausência foi preparar a transferência de Cletânnya. O procedimento em casos de ausência de algum especialista no hospital é referenciar os pacientes para a rede complementar nos hospitais São Francisco, São Vicente ou Souto Maior. Hoje por exemplo estamos sem cirurgião, não temos como substituí-lo, mas o procedimento indicado foi realizado”, esclareceu Karla Milene.