Da CNN Brasil

Os hospitais de Clínicas (HCPA) e de Nossa Senhora da Conceição, referência no tratamento do novo coronavírus, foram convidados pela empresa Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, para participar da terceira fase da pesquisa de uma vacina contra Covid-19.

Nesta etapa são avaliados a eficácia e a segurança do imunizante. O estudo está em análise pelos Comitês de Ética das duas instituições.

Apesar de o HCPA não ter divulgado mais informações, o Hospital Conceição estima que o recrutamento de voluntários pode começar em duas semanas.

Segundo Breno Riegel Santos, coordenador do serviço de Infectologia e coordenador da pesquisa na instituição, serão aplicadas duas mil doses.

Diferente da vacina chinesa Coronavac, que também é testada em Porto Alegre, a participação nesses testes não será exclusiva para profissionais da saúde.

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As aplicações devem ocorrer de forma gradual, iniciando com pessoas de 18 a 59 anos sem comorbidades, seguido pela mesma faixa etária com comorbidades. Depois, serão imunizadas pessoas com mais de 60 sem problemas de saúde. E, por fim, idosos com comorbidades.

O estudo já tem o aval da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. A Anvisa publicou, em 18 de agosto, a aprovação do ensaio clínico para avaliar a potencial vacina da Johnson&Johnson. O estudo prevê a participação de até 60 mil voluntários, sendo sete mil no Brasil, distribuídos em diversas regiões do país.

A previsão é de que, além do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte também contribuam com o estudo. O recrutamento dos voluntários é de responsabilidade dos centros que conduzem a pesquisa.

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Josue Bacaltchuk, vice-presidente de assuntos médicos da Janssen na América Latina, disse que os países com testes clínicos da vacina em seu território provavelmente terão acesso preferencial às doses após a conclusão das pesquisas.

“É intenção da empresa priorizar os países que contribuem para o desenvolvimento da vacina”, contou. “Esperamos a maioria dos voluntários no Brasil, porque é o maior país e o mais afetado pela pandemia”, acrescentou.