Do Diario de PE

Uma igreja protestante com sede em Pequim e dissolvida pelas autoridades no início de setembro acaba de receber uma dolorosa fatura: terá que pagar 1,2 milhão de yuans (cerca de 175 mil dólares) de aluguéis não pagos e despesas relacionadas ao seu fechamento.

A Igreja de Sion foi uma das mais importantes organizações cristãs “não oficiais” (fora do controle estatal) na China. Seu fechamento ocorreu em um contexto de crescente controle das práticas religiosas.

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Ocupava uma imensa área de mais de 2.000 metros quadrados em um prédio de escritórios no norte de Pequim. O local foi esvaziado em 9 de setembro, na presença de numerosos policiais. Agora o município exige o pagamento de 37 dias de aluguel pendente, por um valor de 800 mil yuans (cerca de US$ 116.500), de acordo com a fatura enviada à associação e consultada pela AFP. A este montante se soma uma multa de 148.000 yuans por permanecer muito tempo após o término do contrato de locação (que terminou em agosto); 114.000 yuans para despesas de mudança (com 66 veículos e 18 pessoas) e 90.000 yuans por três meses de armazenamento dos bens que estavam no local.

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O fundador da Igreja de Sion, o pastor Jin Mingri, confirmou à AFP que recebeu a fatura, mas considerou “impossível” pagar a quantia reclamada. “Não só não negociaram conosco antes de levar nossos bens, como também não há razão para exigir o pagamento dessas despesas exorbitantes”, estimou. A Igreja de Sion afirma que até 1.600 fiéis participavam de suas missas semanais. Segundo as autoridades de Pequim, a organização religiosa foi dissolvida porque não estava registrada.

A China tem cinco associações estatais às quais as organizações de denominações religiosas reconhecidas têm de se afiliar: protestantismo, catolicismo, budismo, taoísmo e islamismo. Qualquer culto fora dessas estruturas é considerado ilegal. As pequenas igrejas evangélicas protestantes não declaradas, cujos membros se encontram em apartamentos ou locais públicos, se multiplicaram nos últimos anos.

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