Publicado às 05h50 desta segunda-feira (31)

Por Dr. Luiz Pinto, médico-urologista de Serra Talhada

Cansado de assistir euforias, gente com falsas alegrias e outros que só conseguem sorrir quando rodeados de parentes e amigos ou quando adquirem  objetos ou coisas assim, posso afirmar sim, que a equanimidade chegou ao fim.

Adeus para aquelas calçadas quando a tardinha sentávamos para  conversar misturando risadas de paz e amor.

Para quê a ansiedade dessa gente perdida que trocou  a hora do cafezinho para buscar coisas infundadas, retornando pra casa com cara de dor.

Não entendo essa gente correndo, quando antes traziam na mão apenas um saco de pão e agora chegam com  remédios para dormir sem terror.

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Alguns mergulham no álcool, outros continuam nas drogas ,- sem falar que agora virou moda viver enfiados  no computador.

Ninguém mais escuta ninguém, sequer sentam na praça para ver a dança dos pombos, saboreando o silêncio da existência que é muito melhor que a voz do cantor.

É gente demais apressada dependendo de outras por não suportarem sozinhas tamanho pavor!

E quando se  juntam para  namorar ,- trocam os momentos de abraços e beijos pelos inesperados contatos virtuais e deixam a Intimidade de lado para conversar online com terceiros,- assuntos banais …

Talvez, esteja ficando velho por gostar da solitude, por apreciar o que é livre, leve, bom e belo:

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Como por exemplo ficar deitado horas numa rede sentindo a brisa dos ventos, observando a simplicidade dos  pássaros prestes a voar.

Sempre achei que felizes são aqueles que conhecem a plenitude do esperar … E mais felizes ainda são aqueles outros  que sabem que é na paciência que aquela pessoa amada irá chegar.

Infelizmente assim é o mundo de hoje, -a loucura veio para ficar. Bobos são aqueles que ainda insistem em não acreditar. Não há duvidas que é um caminho sem volta, que entramos na era da psiquiatria que precisamos cada vez mais dos profissionais da mente para nos acalmar,  para que aprendamos de vez , – que ainda há tempo para amar,

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Morrer é digno para quem teve uma vida vivida e viver de verdade é nunca deixar-se perambular por aí inconsciente, numa existência sofrida.