Do JC Online

Na manhã desta quarta-feira (14), a primeira-ministra britânica Theresa May anunciou que irá expulsar 23 diplomatas da Rússia presentes em Londres. A decisão foi tomada após o ataque com substância química contra o ex-agente duplo Sergei Skripal, de 66 anos e sua filha Yulia, de 33.

“A Rússia é culpada pelo atentado com uma arma química”, afirmou May no Parlamento, depois de concluído o ultimato que Londres deu a Moscou para explicar-se sobre incidente.

A premiê, lamentando que Putin tenha escolhido agir dessa maneira, também comunicou que nenhum ministro ou representante da família real comparecerá ao Mundial de Futebol da Rússia-2018.
Trump

O presidente Donald Trump assinalou a última terça-feira (13) que o ataque com agente químico contra um ex-espião russo no Reino Unido parece ter sido obra do governo da Rússia, a partir de uma evidência reunida pelo governo britânico.

“Parece que pode ser a Rússia, baseado em toda a evidência que eles têm”, afirmou Trump aos jornalistas nos jardins da Casa Branca, acrescentando que tem agendada uma conversa com a primeira-ministra britânica Theresa May nesta terça.
Relembre o caso

As vitimas da substância foram Serguei Skripal, de 66 anos, ex-coronel do serviços secreto militar russo, que teria passado informações aos britânicos, e sua filha Yulia, de 33 anos, que mora na Rússia e visitava o pai. O ex-espião russo e sua filha sofreram uma tentativa de homicídio com um agente nervoso, um crime no qual Moscou negou qualquer responsabilidade, denunciando uma campanha de difamação.

Os fatos, ocorridos em 4 de março na cidade inglesa de Salisbury (sudoeste), onde morava Skripal, constituíram “uma tentativa de assassinato mediante a administração de um agente nervoso”, disse à imprensa, em Londres, na última quarta-feira (7) o comandante da Polícia contraterrorista britânica, Mark Rowley.

A substância utlizada, o gás sarin, é o mais conhecido dos agentes nervosos. Trata-se de uma potente substância neurotóxica, inodora e invisível, que mesmo não sendo inalada, seu simples contato com a pele bloqueia a transmissão do impulso nervoso e leva à morte por parada cardiorrespiratória.

As vítimas se queixam de violentas dores de cabeça e apresentam pupilas dilatadas. Depois, sofrem convulsões, paradas respiratórias e entram em coma antes de morrer.