Do G1

A Inglaterra está flexibilizando as regras de isolamento social e, nesta segunda-feira (1º), as escolas do ensino básico começam a retomar as atividades. A princípio, as aulas são direcionadas apenas para as crianças de 4 a 6 anos e de 10 a 11 anos, uma tentativa de ajudar os pais que precisam voltar ao trabalho.

A medida, no entanto, não é unânime. A flexibilização nas regras de isolamento social vem acompanhada de críticas de pais, professores e de governos locais, que a consideram precipitada. No Brasil, as aulas estão suspensas em todos os estados e as escolas seguem fechadas.

“Não podemos prometer realmente aos pais que suas crianças permanecerão a dois metros umas das outras o tempo todo”, afirmou Bryony Baynes, diretora de uma escola do ensino básico de Worcester (oeste da Inglaterra).

O Sindicato Nacional de Educação pediu “mais provas e evidências científicas sólidas para a reabertura no momento adequado”, e a Associação de Diretores de Escolas está preocupada com os “importantes problemas logísticos” do retorno às aulas. Um estudo da Fundação Nacional de Pesquisa em Educação com 1,2 mil diretores de escola mostra que quase metade das famílias pretende manter os filhos em casa.

“Entendo que algumas pessoas não querem a reabertura das escolas agora. Mas temos que avançar e também temos que garantir que nossos filhos não regridam”, argumentou o ministro da Educação, Gavin Williamson, ao jornal “Daily Telegraph”.

Além das aulas, passam a ser permitidas a partir desta segunda-feira as reuniões com até seis pessoas em locais abertos, como parques públicos, ou jardins privados, o que permite o reencontro de familiares e amigos. Também voltaram a funcionar os negócios ao ar livre, como mercados de rua e concessionárias de carros. A previsão é que o restante do comércio seja autorizado a retornar em duas semanas.