Foto: Bernardo Soares/JC Imagens

O primeiro semestre de 2013 foi o que registrou o maior desembolso de recursos federais para Pernambuco através de convênios durante a gestão Dilma Rousseff. Até junho, foram R$ 655,2 milhões. O ritmo de transferência também foi o melhor para o período. O montante equivale a 20,74% dos R$ 3,15 bilhões previstos para todo o ano (compare com os outros anos na arte ao lado). As informações estão no Relatório Resumido de Execução Orçamentária do 3º Bimestre. A prestação de contas foi entregue à Secretaria do Tesouro Nacional esta semana e publicada no Diário Oficial no mesmo dia em que o governador Eduardo Campos, possível candidato a presidente da República, criticava o Planalto por “tocar o Brasil matando Estados e municípios.”

O crescimento no volume de convênios liberados para Pernambuco nos primeiros seis meses deste ano também foi expressivo: 48,2%. Foram R$ 655,2 milhões contra R$ 441,9 milhões registrados no mesmo período de 2012. A metralhadora de “aliado crítico” do governador mirou a estratégia de reduzir impostos federais para estimular a economia do País e a consequente redução nos repasses dos Fundos de Participação dos Estados (FPE) e Municípios (FPM) – recursos de vulto e mais importantes no conjunto de receitas dos entes da federação.

Ainda assim, os convênios, deixados de lado nos discursos de Eduardo Campos, têm relevância estratégica. Basta ver que, entre 2007 e 2012, cerca de 20% de todos os investimentos em obras e serviços para melhorar a vida da população pernambucana são bancados por esse tipo de fonte. Verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), por exemplo, estão inseridas nesse grupo de receitas.
Do Jornal do Commercio