Reportagem: Manu Silva e Giovanni Sá- Fotos: Farol de Notícias/Alejandro Garcia
Num breve levantamento de ocorrências policiais, o bairro da Caxixola em Serra Talhada vem apresentando uma alta na criminalidade. Em quatro meses a localidade já registrou dois assassinatos. Além disso, moradores estão preocupados com o aumento de roubos, furtos e tráfico de drogas. Só neste mês de setembro, a Polícia Civil registrou dois arrombamentos de casas no local.
No ano passado, o bairro também testemunhou assassinatos que ficaram marcados até hoje. No dia 12 de janeiro houve um duplo homicídio e o corpo de um agricultor foi encontrado no entorno. Já este ano, no mês de maio, o assassinato de uma dona de casa também chocou moradores. Nesta terça-feira (15) mais uma pessoa foi morta a tiros. Atendendo sugestão de leitores, o FAROL foi até a Caxixola ouvir a população no quesito segurança pública. Apesar da violência, a maioria dos entrevistados está otimista com a segurança no local.
FALA POVO NA CAXIXOLA – SEGURANÇA PÚBLICA
Andresa Magalhães, 23 anos, professora.
“De uns tempos para cá tem piorado bastante. Quase sofri um assalto há alguns meses, perto da ponte, que é uma região muito escura. Esses dias não tinha nenhuma lâmpada, queimaram todas, jogaram pedra. As pessoas precisam ir para a escola, para a faculdade, para igreja, mas precisam se locomover e a aquela região é muito escura para a gente passar durante a noite. Os casos de violência não são tão frequentes e eu tenho que o rapaz que ia pegar meu celular não é daqui. A parte mais perigosa é a entrada do bairro, mais escura, onde as pessoas podem se esconder, tem mato, tem cerca”.
Francisco Pereira, 40 anos, borracheiro.
“A segurança aqui é boa, é boa. A escuridão nessa avenida é um problema, ouvi histórias de que assaltaram aqui uma vez nessa avenida. Mas o bairro é tranquilo, morro aqui e não vejo nada. Eu ando pouco pelo bairro, mas não ouço falar de muita coisa aqui ou com os moradores daqui. Aqui tem policiamento constante, é o que não falta, passa de instante em instante”.
Lizete Barbosa, 45 anos, auxiliar de serviços gerais.
“Sou moradora daqui a vida toda, aqui embaixo é tranquilo para a gente. Bem aqui é iluminado e a polícia vem sempre por aqui, tem tempos que a entrada (ponte) está escura, mas às vezes está iluminada. Mas aquele pedaço ali do beco do rio de lá para cá é perigoso. Já aconteceu assalto com a minha filha lá na ponte, mas por enquanto tá tranquilo”.
Domingos de Oliveira, 49 anos, comerciante.
“Para mim não tem bairro melhor na cidade, eu acho que as coisas que estão acontecendo aqui é devido ao bairro que está crescendo, se desenvolvendo e a violência vem junto, não tem jeito. Isso é normal. Eu não percebo ninguém reclamando de rua escura ou problemas por aqui. Eu acho que todo bairro que divide rio tem essa dificuldade, não adianta, todos eles têm. Não adianta. Aqui tem policiamento, graças a Deus o policiamento aqui é muito bom. Eu me sinto à vontade, muito tranquilo”.
Juliana Kelen, 26 anos, comerciante.
“Nunca aconteceu nenhum assalto ou violência no meu mercado não, moro aqui e me sinto segura. Eu acho o bairro seguro, policiamento passa constante, mas acontecem essas coisas que a gente não prevê. Passa muito policiamento só que essas coisas acontecem em qualquer lugar. Agora ali na ponte é onde o povo reclama de que é escuro, tem assalto toda hora e é mais perigoso. Agora o bairro em si não tem o que reclamar”.
Erick Vinícios, 19 anos, operador de caixa.
“A segurança é boa, eles fazem um policiamento constante, o único problema aqui é a ponte do bairro. Só isso mesmo, porque o resto é de boa. Ela é muito escura e às vezes não tem muita movimentação, então é um local que já é perigoso. Não tem para onde a pessoa correr e quem pratica esses assaltos tem para onde correr, é como uma rota de fuga. Aqui no bairro é mais tranquilo, moro daqui desde que nasci e não vejo problema. Ao menos aqui na avenida não, não sei de outras ruas perigosas. O problema é realmente a iluminação da ponte”.
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