IPSEP: Revolta com a gestão Duque é cada vez maior; população vai às ruas e cobra melhorias

Fotos: Alejandro García/Farol de Notícias

A revolta e o sentimento de indignação com a gestão do atual prefeito Luciano Duque (PT) tem aumentado entre os moradores do bairro Ipsep, em Serra Talhada. No último sábado (19) dezenas deles foram às ruas com cartazes exigir respeito do governo e cobrar melhorias para a localidade. Eles estão insatisfeitos com o modo que Duque vem conduzindo as obras de asfaltamento do Ipsep, que segue a passos de tartaruga.

Depois das chuvas, em algumas ruas, o piche foi embora completamente, abrindo buracos na via. Em outras, a demora na conclusão dos trabalhos é o principal motivo de revolta. Nesse último final de semana o FAROL foi acionado para ouvir as reivindicações dos moradores, que não acreditam que o capeamento asfáltico do bairro será entregue até dia 1º de maio, como prometeu o prefeito.

“Nós, moradores da comunidade do Ipsep, das ruas Padre João Kerhle, Augusto Alípio de Sá, Saul Jurubeba e Amália Menezes viemos às ruas solicitar do prefeito Luciano Duque que autorize a continuidade do asfalto nas ruas acima citadas, pois nelas foram feitas terraplanagem e todas tiveram as calçadas destruídas e árvores arrancadas”, disse a empresária Rozinete Godê, 48 anos, mais conhecida como “Bita”, uma das líderes do movimento.

CONSTRUTORA PROVOCA

Segundo “Bita”, além da demora na conclusão, o que acabou aborrecendo os moradores foi um aviso dado por um dos empreiteiros da empresa RP Refrigeração e Construção, que teria “batido boca” com os moradores. Agora, eles se reúnem dando uma demonstração de união em favor do bairro.

“Estamos até agora aguardando esse bendito asfalto. Aí de repente aparece um construtor parente do prefeito dizendo que esses trechos não ganharão mais asfalto. E ainda disse que se o prefeito mandasse passar a escavadeira para concluir 100 metros de esgoto que falta na Padre João Kerhle ele abandonava a obra. Que vergonha, senhor prefeito!”, reclamou “Bita”.

Uma das ruas repleta de buracos, citadas pelos moradores, possui um posto de saúde. Em muitos dos relatos, a população conta que vários idosos e mulheres chegaram a quebrar o pé e cair indo se consultar no PSF, por conta da má qualidade da via.

MAIS REVOLTA

Outra revolta dos moradores está no fato deles terem se juntado e pago do próprio bolso o asfaltamento de parte de uma rua. A obra acabou sendo destruída pela Prefeitura.

“A nossa maior revolta é que há quatro anos compramos várias caçambas de piche e foram espalhada na Av. João Kerhle e Augusto Alípio de Sá, mas quando as máquinas da Prefeitura passaram destruíram tudo. Cobramos então o asfalto que o prefeito nos prometeu e que também nos tirou”, reivindicou a dona de casa, Marinês de Lima, 44 anos.

“Queremos somente que esse prefeito cumpra o que prometeu e venha concluir o que começou nestas quatro ruas: Padre João Kerhle, Augusto Alípio de Sá, Saul Jurubeba e Amalia Menezes, que estão incluídas nesse projeto. A Augusto Alípio de Sá foi a única que não teve terraplanagem, porque cobramos da Secretaria de Obras a conclusão de um esgoto. Mas depois disso ficou esquecida e o prazo dado pelo prefeito, dia 1º de maio, já vai terminar”, disse outra moradora, Maria Olímpia, 59 anos.

“Hoje a rua do PSF II aqui está intransitável, já a Avenida Padre João Kerhle foi iniciada a obra com a instalação de meio fio da Academia das Cidades até a BR-232, mas o asfalto só chegou até a metade dela, na igreja São João Batista”, reclamou mais outra moradora revoltada, Cássia Lopes de Souza, 34 anos.