Do Diario de Pernambuco 
A escritora britânica J. K. Rowling, autora dos livros da saga Harry Potter, que venderam 500 milhões de cópias em todo o mundo, publicou um novo romance juvenil, Jack e o Porquinho de Natal, inspirado em seu filho.
A ideia do livro veio de um porquinho de pelúcia que deu a seu filho David quando bebê, e que rapidamente se tornou seu bichinho de pelúcia favorito. Para evitar uma crise caso o amado ursinho fosse perdido, J.K. Rowling comprou um segundo, que seu filho acabou encontrando.
“Um dia pensei nisso, o que significa ser o substituto, o suplente, aquele que não é ‘o escolhido’, por assim dizer. E percebi que finalmente tinha a minha história de Natal”, explicou a romancista de 55 anos ao jornal The Sunday Times.
Publicado originalmente pela editora Hachette Children’s Group sob o nome de The Christmas Pig, será lançado em mais de vinte idiomas. No Brasil, é a Editora Rocco quem lança.
Como os sete volumes das aventuras do aprendiz de feiticeiro Harry Potter, publicados entre 1997 e 2007, este novo romance é sobre “o mundo oculto” e “mágico”, mas são “totalmente diferentes”, explicou J.K. Rowling.
A romancista também disse ao Sunday Times que embora tenha começado a escrever aos seis anos, ela não começou a escrever um livro infantil (Harry Potter e a Pedra Filosofal) até os 25.
“Nunca havia me ocorrido a ideia de escrever para crianças, não porque achasse que era menos importante do que escrever para adultos – era uma leitora voraz desde criança e ainda tenho alguns livros infantis entre os meus favoritos – mas porque a minha infância não foi feliz”, contou. Após a saga Harry Potter, Rowling escreveu romances para adultos antes de retornar à literatura infantil com O ickabog, um conto publicado no ano passado.
Sua enorme popularidade foi recentemente prejudicada por acusações de transfobia. No ano passado, J.K. Rowling compartilhou um artigo sobre “pessoas que menstruam” no Twitter, comentando ironicamente, “tenho certeza que tínhamos uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude. Mu? Mul? Mulher?”
Isso provocou o protesto da comunidade LGBTQIA+, que a lembraram que homens transexuais podem menstruar e mulheres transexuais não.