Publicado às 10h desta quinta-feira (17)

O presidente do Instituto de Previdência Própria de Serra Talhada (IPPST), o advogado Jânio Carvalho, encontra-se à frente da entidade desde a primeira gestão do ex-prefeito Carlos Evandro.

De lá para cá, são quase 15 anos trabalhando para assegurar o pagamento de cerca de mil aposentados e pensionistas serra-talhadenses.

Nessa quarta-feira (16), Carvalho concedeu entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, e admitiu que há um rombo crescente nas contas do IPPST, mas vem pagando, mesmo com atraso, a todos os usuários do sistema.

“Quitamos 2018. Não devemos nada. O problema é que há distorções desde a criação da Previdência Própria de Serra Talhada. Não estou culpando ninguém do passado. Mas, tem aposentado ganhando R$ 10 mil/mês. Isso vem desde a criação”, disse Jânio Carvalho, afirmando que o que se arrecada não dá para pagar a folha.

“Há um rombo em torno de R$ 750 mil/mês, que o prefeito Luciano Duque faz o aporte. Esta é a realidade”.

“PULSEIRAS” DE ROBERTO CARLOS

Durante a entrevista, Jânio Carvalho foi provocado sobre a possibilidade de ocorrer em Serra Talhada, o que aconteceu no município do Cabo do Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, onde o prefeito Lula Cabral foi preso porque teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do Caboprev.

Estes dinheiro antes se encontrava investido em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores.

“Aqui não há nenhuma possibilidade de acontecer o que houve no Cabo. Não vou usar as pulseiras (algemas) de Roberto Carlos porque sou honesto e aprendi com o meu pai. Minha honestidade vem de berço, dos ensinamentos do meu pai”, reforçou Carvalho, que também fez a defesa do prefeito Luciano Duque.