Do Diario de Pernambuco

As cerimônias voltadas para tocha paralímpica começaram nesta quinta-feira (12), em todo Japão, com restrições devido à pandemia da Covid-19.

Assim como aconteceu nas Olimpíadas de Tóquio-2020, a crise sanitária ameaça deixar sem público os Jogos Paralímpicos, que acontecem de 24 de agosto a 5 de setembro.

De acordo com a emissora de televisão japonesa NTV, os Jogos Paralímpicos serão realizados sem espectadores em Tóquio e nos subúrbios, com algumas exceções nas competições organizadas nos departamentos periféricos.
Uma difícil decisão que será tomada na segunda-feira (16), em uma reunião com todas as partes envolvidas na organização do evento, acrescenta a NTV.
Nos Jogos Olímpicos encerrados no último domingo, praticamente não houve público em nenhuma competição.
Desde o início da pandemia, o Japão registrou menos casos de Covid-19 do que a maior parte do mundo e cerca de 15.300 mortes.
Com a rápida propagação da variante Delta, porém, o país vive hoje sua onda mais virulenta desde o início da crise sanitária. Um novo recorde nacional de 15.800 casos foi registrado na quarta-feira (11).
Tóquio e cinco outros departamentos japoneses estão sob estado de emergência. As autoridades pedem à população das zonas afetadas que evitem deslocamentos não essenciais e pedem a bares e restaurantes que fechem mais cedo e não sirvam bebidas alcoólicas.
Recentemente, este dispositivo foi estendido até 31 de agosto, mas, de acordo com o jornal Sankei, o governo contempla uma nova prorrogação.
Em vez do clássico revezamento da tocha paralímpica, as tradicionais cerimônias para acendê-la começam hoje em todo país e serão concluídas na próxima semana. Na sequência, serão levadas para o Japão para formar uma única chama.
Até o momento, os organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos registraram mais de 510 casos de Covid-19 desde 1º de julho no Japão entre as pessoas envolvidas em ambos os eventos, entre as dezenas de milhares de pessoas credenciadas.
Embora especialistas japoneses da área de saúde considerem que os Jogos enfraqueceram, indiretamente, os apelos de prudência por parte das autoridades locais, os organizadores negaram qualquer relação entre os JO e o aumento de casos de Covid-19 em Tóquio.
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