Do G1

Um jornalista negro e a sua equipe foram detidos nesta sexta-feira (29) enquanto faziam a cobertura dos protestos em Minneapolis, nos Estados Unidos, para a rede CNN. Omar Jimenez foi algemado pelos policiais durante uma transmissão ao vivo mesmo depois de ter se identificado.

A equipe cobria a terceira noite de protestos motivados pela morte de George Floyd, homem negro que foi asfixiado durante uma abordagem policial. Nesta madrugada, os manifestantes invadiram uma delegacia, incendiaram carros e imóveis.

As imagens divulgadas pela CNN mostraram que a equipe não estava atrapalhando a ação policial. A rede americana afirmou que a prisão de seus três funcionários era uma clara violação de direitos e fez um apelo para que as autoridades locais os soltassem imediatamente. A equipe foi liberada pouco tempo depois.

O governador de Minnesota, Tim Walz, pediu desculpas e descreveu as prisões como “inaceitáveis”. Ele declarou que a equipe da CNN tinha claramente tem o direito de estar no local e disse que deseja que a imprensa esteja em Minnesota para cobrir os protestos.

Protestos

A revolta em Minneapolis, em Minnesota, começou na segunda-feira (25) após a divulgação de um vídeo que mostra a abordagem policial ocorrida do lado de fora de um supermercado da cidade, que fica no estado de Minnesota. Um policial branco se ajoelhou no pescoço de Floyd por quase oito minutos, enquanto ele se queixava de que não conseguia respirar. Quando Floyd parou de se mexer, ele foi colocado em um maca e levado para um hospital, onde sua morte foi declarada. Floyd foi detido por supostamente fazer compras com notas falsas.

Policiais tentaram conter os manifestantes na noite de quinta-feira com balas de borracha. Os bombeiros informaram que foram chamados para apagar incêndios em 16 locais diferentes entre quarta (27) e esta quinta.

Após os saques e lojas incendiadas na noite de quarta-feira, as autoridades estaduais alertaram que não tolerariam mais excessos. O governador Minnesota, Tim Walz, pediu a intervenção da Guarda Nacional e o presidente Donald Trump, no Twitter, disse que enviará as tropas para o estado e que assumirá o controle caso haja “qualquer dificuldade”.

A Guarda Nacional de Minnesota disse que mobilizou mais de 500 soldados para ajudar as autoridades locais, e principalmente os bombeiros, em Minneapolis, St. Paul e arredores.