Do UOL

Um adolescente de 17 anos, morador de Illinois, foi levado sob custódia na manhã desta quarta-feira (26) suspeito de estar ligado a um tiroteio durante um protesto em Kenosha, no Wisconsin, de acordo com a polícia em Antioch, Illinois.

A Polícia de Antioquia afirmou que as autoridades de Wisconsin emitiram um mandado de prisão acusando Kyle Rittenhouse de homicídio doloso de primeiro grau. Ele está sob custódia do Sistema Judicial do Condado de Lake enquanto aguarda uma audiência de extradição para transferir sua custódia de Illinois para Wisconsin.

A prisão ocorreu menos de um dia depois que duas pessoas foram mortas e uma terceira ficou gravemente ferida em um tiroteio em Kenosha, durante um protesto contra a violência policial na abordagem de Jacob Blake, homem negro que levou sete tiros enquanto tentava entrar em seu carro.

O xerife do condado de Kenosha, David Beth, disse ao The New York Times que está investigando se o tiroteio resultou de um conflito entre manifestantes e um grupo de homens armados que protegiam empresas. Os protestos em Kenosha acontecem de forma diária desde que Jacob Blake, um homem negro desarmado, foi baleado pela polícia.

Ben Crump, o advogado dos direitos civis que representa a família, disse que a polícia atirou em Blake depois que ele tentou interromper uma discussão entre duas mulheres. A polícia não forneceu qualquer informação sobre o que levou ao tiroteio.

Dois oficiais de Kenosha foram colocados em licença administrativa. O tiroteio está sendo investigado pelo escritório do promotor público Michael Graveley do condado de Kenosha e pela divisão de investigação criminal do Departamento de Justiça de Wisconsin.

Blake permanece no hospital, mas sua família diz que ele está paralisado da cintura para baixo. Um advogado da família disse que seria necessário um “milagre” para Blake voltar a andar.

Facebook investiga

O Facebook afirmou, nesta quarta-feira (26), que está investigando a atividade online em torno dos tiroteios. Segundo o Facebook, um grupo intitulado “Guarda Kenosha” promoveu um evento na rede intitulado “Cidadãos armados para proteger nossas vidas e propriedade”. O evento teve mais de 2.600 respostas.

O Facebook removeu o evento e a página do Kenosha Guard de sua plataforma, disse a empresa, que não especificou quando ocorreu a remoção. Um porta-voz do Facebook disse à CNN que a página violava a política da empresa sobre organizações militares.

O porta-voz também disse que a empresa está trabalhando para remover qualquer conteúdo que elogie a violência da noite de segunda-feira (24), quando manifestações contra a violência policial envolveram vandalismo. Ainda não está claro se os tiros disparados na manifestação de terça-feira (25) estão ligados ao grupo ou evento no Facebook.

(Com informações de Eric Levenson, Alisha Ebrahimji, Christina Maxouris e Donie O’Sullivan, da CNN)