Com Giovanni Sá Filho
A demissão do médico Antônio Rodrigues do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, no início da semana, trouxe à tona outros casos com as mesmas motivações. O ortopedista garantiu ter sido vítima de perseguição política, após ter ido, no intervalo do plantão, à convenção do pré-candidato Luciano Duque, no último sábado. Agora, denúncias atingem o outro lado, o da situação. O exemplo mais recente é da enfermeira Adriana Cavalcante. Ela trabalhava no Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro da Várzea, em Serra Talhada, e foi demitida no último dia 30.
Contrariada, a própria Adriana chegou a fazer um post no FAROL DE NOTÍCIAS jogando a responsabilidade por ter sido mandada embora para a secretária de Saúde do município, Socorro Brito. “Eu saí de cabeça erguida, pois sou uma boa profissional e agradeço a comunidade pelo apoio. Se foi um ato político quem tem que responder é a secretária de Saúde”, declarou Adriana. Ela confirmou que apoia a candidatura de Sebastião Oliveira. No caso da enfermeira, os próprios moradores partiram em defesa da profissional e preparam um abaixo-assinado a ser entregue ao governo.”Eu tive que escolher um lado e fui demitida”, disse.
MAIS DEMISSÃO NO HOSPAM
Além do médico Antônio Rodrigues e da auxiliar de nutrição, Valdete Gomes de Souza, o Hospam registrou, nessa quarta-feira (4), o terceiro caso de demissão sem justa causa de alguém que se declara favorável à candidatura do vice-prefeito Luciano Duque (PT). O vigilante George Carlos de Melo Lima, mais conhecido por “Geja”, foi mandado embora sem qualquer justificativa da unidade de saúde.
A ordem da demissão, segundo ele, partiu da direção do Hospam antes mesmo que a empresa que oferece o serviço terceirizado de vigilância para o hospital soubesse. “Eu trabalhava por uma empresa terceirizada. Quando o pessoal de dentro do hospital me comunicou da demissão. Então, liguei imediatamente para a empresa que presto serviço e eles disseram que não tinham demitido ninguém e que eu devia continuar”, relatou.
“Geja” trabalhava há quase dois anos no hospital e promete processar a direção do Hospam pelo constrangimento. Com essa demissão de “Geja”, sobem para três as denúncias de perseguição dentro da unidade de saúde.
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