Foto enviada pela leitora ao Farol

Publicado às 13h35 desta segunda-feira (9)

Com gravidez de alto risco e se aproximando os dias para dar a luz, a cabeleireira Aniele Lourenço, 32 anos, do bairro Mutirão, em Serra Talhada, precisou se ausentar das suas atividades. Diante de uma situação que já não era fácil, foi surpreendida pelo roubo de todos os seus equipamentos de trabalho, como secadores, televisão, gelágua, TV box, termocera, e demais ferramentas, na terça-feira (08) de novembro do ano passado. Na semana passada, após o nascimento da criança e operada, foi roubada novamente, não restando mais nada.

Aniele Lourenço contou ao Farol de Notícias que, após o roubo da primeira vez, ela foi à delegacia prestar queixa, mas não foi ouvida. Neste sábado (07), teve a notícia que seu salão de beleza foi novamente invadido, e desta vez, não restou nada, pois levaram o que não conseguiram na primeira vez. Os criminosos quebraram a porta da cozinha e o telhado e, dos móveis que haviam ficado, como poltrona e penteadeira, restaram somente papéis e um velho armário de cozinha. A cabeleireira lamentou o acontecido e relatou a tristeza pelo roubo, pois diante dos prejuízos se vê impossibilitada de reabrir seu estabelecimento. 

“Venho fazer uma denúncia para reportar a minha indignação, pois fui roubada duas vezes em menos de dois meses, procurei a delegacia e tive que ouvir ironias. Estou operada e me sentindo de mãos atadas, pois quem era para fazer alguma coisa, não fez nada. Não tenho mais nada para trabalhar”, lamentou Aniele Lourenço, acrescentando:

“Procurei a delegacia e escutei que por ser sexta-feira não tinha como fazer um BO. Voltei indignada. No dia, eu estava grávida, gravidez de alto risco, muito nervosa voltei para casa e consegui fazer um BO online. Depois me disseram onde estavam algumas das coisas, eu procurei a delegacia novamente, não fizeram nada, nem conseguiram localizar o BO online, mesmo eu levando o número, e ficou por isso mesmo”.

“Lá está um descaso total, eles pintam e bordam. Toda fechadura, que eles sabem que a casa está vazia, eles arrombam e levam tudo. Há um tempinho atrás, aconteceu com o meu vizinho. Ele estava dormindo em outra casa e entraram e levaram até o fogão e equipamentos de trabalho. Agora foi comigo, duas vezes seguidas. Eu acho que o descaso é porque é Mutirão, porque se fosse em outro lugar, a polícia iria. Se fosse no AABB, que as coisas têm valor, a polícia iria. Como é no Mutirão e somos esquecidos, eles nem vão nem dão atenção”, desabafou.