Folhapress

Para o rico ou para o pobre, para o anônimo ou para quem tem popularidade, a lei é uma só e não pode mudar em função do réu, afirmou a ex-senadora Marina Silva ao fim de evento da Rede em São Paulo, nesta sexta-feira (23), um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) conceder liminar que favoreceu o ex-presidente Lula (PT).

“A nossa preocupação é de que a Justiça funcione sem dois pesos e duas medidas”, disse a presidenciável e ex-ministra do petista. “Nós temos uma lei que diz que, após a segunda instância, é para cumprir a pena. E a lei não pode mudar em função do julgado. Não é só para o Lula, é para qualquer pessoa que esteja sendo julgada.”

Marina afirmou ainda que a Lei da Ficha Limpa não deve fazer distinções. O petista e seus apoiadores têm a intenção de manter a candidatura dele à Presidência mesmo após a condenação no caso do tríplex de Guarujá (SP).

O encontro de lideranças da Rede era para assinar uma aliança com o movimento Frente Favela Brasil (FFB) no estado de São Paulo. Pelo acordo, a legenda se dispõe a abrigar os candidatos da frente, que está em fase de formação como partido e não obteve registro oficial a tempo de disputar o pleito de outubro.

Pelo menos dez pré-candidatos a deputado entrarão na sigla de Marina, segundo Nilza Camillo, presidente do núcleo paulista da FFB. Integrantes da organização, no entanto, estão livres para aderir a outras siglas.