Lei 'Francisquinha Godoy' entra em tramitação nesta 6ª na Câmara de ST

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor, presidente do IHGST

Nesta sexta-feira (20) na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, será apreciado em primeira votação, o Projeto de Lei Municipal que altera os dispositivos da Lei nº 1.716, de 22 de agosto de 2019, para instituir o “Dia de Conscientização Municipal de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher”, in memoriam da Professora Francisquinha Godoy, e dá outras providências.

Esse aprovação é marca na luta da mulheres do município e passo importante no combate aos casos de agressões, de violência doméstica e de feminicídio, através de campanhas educativas e de esclarecimento para as mulheres se protegerem de homens agressores, assassinos e psicopatas.

Com alteração da Lei 1.1716 de agosto de 2019, o 1º. de julho de nascimento da professora Francisquinha Godoy,  será um dia de relebrarmos de uma mulher que foi espancada, agredida com socos e ponta pés, e se recusou a abandonar os nove filhos e acabou sendo assassinada no dia 07 de setembro de 1973, aos 39 anos, em sua casa na presença de cinco de filhos menores.

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Conforme a redação do novo texto o Art. 1º da Lei nº 1.716, de 22 de agosto de 2019, passa a vigorar com seguinte redação: “Art. 1ª. Fica instituído, no dia 01 de julho, o “Dia de Conscientização Municipal de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher”, in memoriam de Francisquinha Godoy, neste Município”,

O Projeto de Lei Municipal foi proposto pelo Instituto Histórico Geográfico e Cultural de Serra Talhada ( IHGCST) e contou amplo apoio da família da professora Francisquinha, da sociedade, e do jovem Procurador Jurídico da Câmara,  Dr. Luan Diógenes. O projeto é subscrito pelo 17 vereadores.

REPERCUSSÃO DO CASO NA ÉPOCA

Em fevereiro desse ano a reportagem do Farol conversou com empresário João Duque, que na época relembrou o caso relembrou. “A repercussão do fato na cidade foi muito grande”. “Isso (o feminicídio) revolucionou a cidade, ela era uma senhora que todo mundo gostava. A cidade ficou abalada com um fato tão cruel. Para mim, um fato inédito, um crime tão violento, surpreendeu, abalou a população. Só um homem em estado de loucura pode cometer esses atos de violência com a própria esposa”, reforçou o empresário.

João Duque é apontado pelos filhos que ficaram órfãos da mãe, como uma das pessoas que mais ajudou no momento em que ficaram sozinhos no mundo.

Sobre isso, o empresário faz questão de dividir as ações com outros amigos e parentes da professora Francisquinha.

“Eu participei. Quem ajudou muito foi ‘Seu Madeira” e Leonor Godoy, Netinha (Vanete Almeida), minha amiga também. Eu lembro muito de Leozinho (Léo Godoy), que trabalhou aqui”.

No final da entrevista, João Duque fez uma promessa em relação aos filhos da professora. “Enquanto vida eu tiver, não deixarei nenhum filho de Francisquinha que precisar de mim!”.

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