Por José Pedro, professor

Esta é apenas  uma das denominações  mais  adequadas para definir o modo  como é tratada a estrada vicinal que interliga as comunidades de Juazeiro, Saco da Roça, Mucuitu e outras, todas no município de Serra Talhada. Refiro-me, especificamente, à travessia do Riacho do Saco da Roça, a doze quilômetros da sede.

Não é nenhum exagero dizer que isso é um desrespeito dos nossos políticos para com essas comunidades, pois, logo ali próximo, de um lado fica a Escola José Antônio do nascimento da qual boa parte dos alunos, para chegar a  mesma,  precisam atravessar com água pela cintura ou até pelo pescoço (foto); e do outro lado fica o cemitério cujo acesso, em período chuvoso é feito nas mesmas condições citadas anteriormente, ou tendo-se que fazer um   desvio de mais de três quilômetros. Atravessar de carro ou de moto é tarefa impossível, pois, mesmo depois das chuvas a água ali acumulada torna o local intransponível a esses veículos.

Vale salientar, ainda, que a escola supracitada é o local onde se realizam as reuniões da associação dos moradores de Juazeiro e Saco da Roça, cujos participantes (os do Juazeiro) enfrentam todas essas dificuldades. Lamentavelmente, os nossos políticos muito pouco utilizam aquelas estradas, principalmente no período chuvoso, pois as eleições, aqui, não ocorrem nesse período, e eles só passam ali às vésperas das eleições. Há quatro décadas essas comunidades reivindicam uma passagem molhada  no local, mas nunca houve vontade política para  que isso fosse feito, e assim sai governo e entra governo e aquela situação não muda.

Quando muito fazem colocam caminhões de metralha que só piora a situação, pois o material é arrastado pelas enchentes e depositado logo abaixo, contribuindo para o represamento da água no local.  A própria associação dos moradores , que pouco ou quase nada tem feito nesse sentido, encaminhou, por sugestão nossa, um abaixo assinado a duas autoridades políticas locais, uma das quais, alegando falta de recursos, nem recebeu o documento e outra que o recebeu e prometeu tomar providências, mas até o momento nada foi feito. Estejamos preparados, a passagem está sem água, as eleições estão chegando e eles estão já nos visitando.